"When we finally kiss goodnight
How I'll hate going out in the storm"Dapnhe
Ainda era de tarde quando o clima natalino tinha se instalado na comunal sonserina. Havia pequenas decorações por todo o espaço, e de algum jeito Liliana havia conseguido colocar músicas natalinas pra tocar e os clássicos ecoavam pelo cômodo. Eu ofereci uma das camas do meu quarto e a mulher ficou feliz em me fazer companhia, e aos poucos ela me conquistava.
Liliana era uma luz dentro da sala, dançando e sorrindo com os filhos enquanto os obrigava a usar suéteres natalinos, eu não conseguia parar de rir da rena medonha do sueter do Mattheo. Ela me deu um também, mas diferente do deles o meu era bonito, vermelho com pequenos flocos de neve desenhados. Assim que eu o vesti Mattheo encarou a mãe - Por que o nosso é horrível e o dela não?
Eu não consegui segurar a gargalhada
- Porque ela é a convidada especial no nosso natal - Liliana respondeu enquanto colocava o próprio suéter, que era tão medonho quanto o dos filhos.Eu sorri, era próvavelmente o melhor natal da minha vida e ainda nem era noite.
De algum jeito Liliana conseguiu montar uma mini bancada de biscoitos na comunal, vários estilos e formatos e glacês de cores variadas. Ela realmente não brincava em serviço, nós duas estávamos de um lado da mesa decorando papais noéis enquanto os garotos ficaram com flocos de neve
- E sua família Dapnhe?- Ouvi Liliana perguntar enquanto decorava a barba de um papai noel, eu parei por um segundo
- Oque tem eles?
- Ficaram ok com você passar o natal aqui?- Dei de ombros, não queria me aprofundar no assunto
- Sim, eles entendem que eu presciso focar nos estudos.Liliana me encarou como se não acreditasse muito nisso- Entendo...
Desviei os olhos dela com medo de que aquela mulher conseguisse ler tudo que eu lutava tanto pra omitir, encarando Mattheo e Tom com glacês na mão.No dia a dia era muito dificíl ver os dois juntos, pois Tom era muito fechado, quando os conheci demorei uma semana pra descobrir que eram irmãos, e pensei que se odiavam até. Mas não, eles se amam do jeito esquisito deles.
É bem mais doque eu e a minha irmã temos- Você tem irmãos Dapnhe?- Liliana perguntou, e eu percebi que passei tempo demais encarando os dois
- Tenho, uma mais velha. Mas, não somos muito próximasLiliana acentiu como se entendesse e por algum motivo minha boca grande começou a vomitar fatos da minha vida pra ela - Ela é dez anos mais velha, então sempre estivemos em fases diferentes. E ela se casou e saiu de casa eu mal era adolescente. Passei grande parte da minha infância sozinha.
Ouvi um suspiro da mulher ao meu lado, como se ela entendesse tudo que eu tinha passado - Eu não sei se o Mattheo te contou, mas eu nasci no México.
Eu não sabia disso, mas suspeitava por Mattheo falar espanhol muito bem. Balançei a cabeça para negar sobre saber, e a mulher passou a mão pelos cabelos prendendo eles em um coque baixo
- Pois é, eu cresci em uma vila pequena e também tinha uma irmã mais velha, mas ela se envolveu com pessoas erradas e bem... As coisas não acabaram como ela queria. Acabei crescendo sozinha também, já que meus pais me proibiram de sair para escola e outras coisas, estudei em casa.Liliana olhava pro fogo, como se tivesse voltado no tempo, me fazendo questionar se ela tambén era parecida comigo em outros aspectos, seus olhos escuros se voltaram pra mim de novo - Até que conheci o pai deles, eu tinha sua idade. Não sabia nada sobre o mundo lá fora e ele me ensinou.
Eu não sabia nada sobre o pai de Mattheo, além do fato que ele sumiu pouco depois do nascimento dele
- Liliana, como ele era? O pai deles?
Ela olhou pra mim e depois voltou a confeitar, por um segundo achei que ela me ingoraria então voltei pro meu biscoito, até que sua voz voltou a falar
- Ele era... arrebatador, em todos os sentidos. Era um homem muito bonito, mas não foi isso que me chamou atenção nele. Foi a vontade que ele tinha de mudar o mundo, ele era muito focado em tudo que fazia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Avec Amour| Mattheo Riddle
Fanfiction"Nós nunca somos tão desamparadamente infelizes como quando perdemos um amor." Nehum dos dois acha que o amor é real ou possível, talvez seja por isso que eles seja tão alheios aos próprios sentimentos. . . . . . Lista de gatilhos: Abuso, suicídio...