Eu topo!

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Voltei, sim bem do nada mesmo!
Mentira, prometi pra uma pessoa há um bom tempo atrás que atualizaria em agradecimento a um dos melhores dias/show da minha vida.

Rafa, muitooooo obrigada pra sempre!

Bora ver se alguém ainda lê essa bagaça!

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Vitória:


- Como assim Ana? Cê quer adotar uma criança do nada? - Falei sem entender nada que Ninha falava.

-É Vi, eu quero! - Ela falou pegando sua bolsa  e blusa que estavam na cadeira ao lado.

-Naclara onde cê vai? - Falei me levantando da cadeira também.

- Eu não, a gente vai. - Ela falou pegando de sua carteira uma nota de cem reais e colocando na mesa, na sequência pegou minha bolsa e me puxou pela mão restaurante a fora.

Eu não fazia ideia do porquê do nada Ana resolveu que vai adotar uma criança, ela fala de uma forma afobada enquanto dirigia na direção do que parecia ser o hospital no qual trabalhava.
Ana nunca havia demonstrado qualquer afeto com criança, só com o filho do seu irmão e nem era lá essas coisas, mas porque do nada isso, mesmo me falando da história de vida do Pedro nunca imaginei que ela fosse querer adota-lo ainda mais assim do nada.
Ana repita que Pedro era um garoto sofrido que passará por um trauma grande que era uma criança doce que precisava da nossa ajuda, depois de um tempo ficou em silêncio com o olhar vago apenas dirigindo como se fosse algo automático para ela. Assim que chegamos ao hospital Ana estacionou na vaga que detinha seu nome pegou suas coisas e desceu do carro, fiz o mesmo e começamos andar hospital a dentro ainda com uma Ana muda. Assim que chegamos a uma área extremamente silenciosa Ana parou.

- Vi. - Segurou minha mão e falou. - Sei que foi algo do nada, precipitado e se você não topar tudo bem só queria que pudéssemos falar sobre isso com mais calma depois!

- É Ninha, foi bem do nada e eu até agora tô sem entender muito bem o que tô fazendo aqui, mas eu topo! - Ela me olhou assustada. - Falar sobre isso depois com mais calma.

- Tá bom! - Ela pareceu murcha, mas me forçou um sorriso. - Bora, temos que colocar uma roupa de proteção pra entrar na UTI quero que tu conheça o Pedro.

Nos vestimos com uma roupa bem fina, não sei o que aquilo protegia, fomos passando por algumas pessoas em estado grave e aquilo me agoniava. Alguns leitos depois entramos em um onde a criança tinha faixa na cabeça, alguns fios conectados a seu corpo e um sorriso radiante quando viu Ana, e mesmo estando de máscara eu pude ver que ela sorriu igualmente.

- Tia Ana? - O menino falava tentando levantar.

- Ei levanta não, tu não pode se esforçar demais. - Ela falou segurando o corpo dele na cama.

- O que eu tô fazendo aqui? Por que cê tá aqui tia Ana? - Ele olhou dela para mim meio assustado, e Ana só acompanhou seu olhar.

- Você se machucou meu amor, e eu cuidei de você. - Ela falou passando a mão em sua bochecha.

- Ah tá, achei que tinha morrido. - Ele disse parecendo se acalmar novamente.

- E por que você pensou isso? - Foi a minha vez de falar com a criança que me encarava.

- Porque você é tão linda, eu achei que fosse um anjo. - Sorri toda boba não esperando essa resposta e Ana fez o mesmo.

- Ok garotão, eu acho que você tá ótimo. - Falou Ana checando o prontuário dele pra ver o que tinha sido ministrado nas últimas horas, seus sinais vitais.

- Brigada pelo elogio viu, cê também é muito lindo. - Falei me aproximando um pouco. - Me chamo Vitória, e você?

- Pedro, você é médica igual a tia Ana? - Ele perguntou me olhando.

- Não, eu sou Bailarina, dançarina, professora um pouquinho de tudo que tu pode imaginar. - Falo dando uma batidinha no na ponta do nariz dele.

- Você deve ser cansada igual eu! - Pedro fala sorrindo pra mim, e mesmo sem entender sorrio de volta.- Eu vendo bala, chocolate, salgadinho de tudo tia.

Olhei para Ana com o coração cortado, e ela me olhou demonstrando o mesmo com certa admiração e sorriu para ele, um sorriso que eu nunca tinha visto antes no rosto de Ana. Nem mesmo quando ela falava de uma cirurgia fodidamente dificil que tinha feito e sido perfeita, ousaria dizer que nem para mim eu vi um sorriso tão lindo.

- Pois eu sou mesmo, só que a tia Ana aqui é mais que a gente ela trabalha o dia todo e as vezes a noite toda também. - Falei estendendo a mão para que a Ana se aproximasse mais de nós.

Ficamos lá conversando com Pedro até que ele demonstrou certo cansaço, Ana deu um beijo na testa do garoto e ficou fazendo carinho em sua mão até que ele adormeceu.
Dei um beijo em sua testa e fomos saindo da UTI, Ninha anotou algo no prontuário do mesmo e veio atrás de mim, caminhamos em silêncio até sua sala quando chegamos lá Ana retirou seu jaleco em silêncio e eu falei.

- Eu topo!

- Mesmo?- Ana falou empolgada. - Mas espera, cê tem certeza?

- Ele é apaixonante Ninha. - Falei me aproximando dela. - E eu nunca vi tu sorrir como sorriu pra ele, nem pra mim.

- É amor diferente, por isso! - Me deu um selinho. - Meu sorriso mais apaixonado/safado sempre será seu.

Fomos pra casa discutindo quais seriam as dificuldades, sobre o que seria necessários para entrar com o pedido de adoção de Pedro já que seu tio ainda está vivo e pelo o que se sabe é o parente mais próximo que ele tem. Ana dirigia e me falava o que pesquisar, ficamos chocadas como aparente as leis de adoção nos favorecia e que éramos maior número querendo adotar crianças no país.
A nossa maior dificuldade seria mesmo lutar contra o tio do garoto, mas ficamos de procurar uma advogada especializada em Direito familiar para nós auxiliar nesse processo.

- Vi, cê ainda tem o telefone da Dra Rafaela?

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Salve geral, desculpa a demora pra atualizar isso aqui é que pra mim as coisas ficaram mais corridas e a inspiração foi pro espaço.
Ah, ele tá curto mesmo eu sei só que já é alguma coisa né, volto em breve quero falar um pouco sobre esse processo
de adoção.

Beijos, até já!

P.S: Rafa, cê vai ser minha advogada Simm! 👩🏾‍⚖️

Canção de HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora