Por amor, ela abdicou de sua liberdade e vida, para que sua família e mundo sobrevivessem.
Por vingança, ela vai acabar com todos que a fizeram sofrer algum dia.
Acordei com uma sensação estranha. Flashes de lembranças vindo para mim. Era Alina. Ela estava mais uma vez tendo pesadelos com o dia em que nos conhecemos.
Sentei na cama e coloquei a mão peito, bem onde fica a nossa tatuagem do laço de sangue. Busquei aquele laço dentro de mim, busquei pela minha irmã.
Sua mente estava nublada. Aquelas lembranças trazendo toda uma escuridão e sentimentos ruins junto com elas. Respirei fundo e me concentrei.
Senti minha pele formigar quando comecei a absorver toda aquela escuridão que estava nublando sua mente, meu poder somando tudo para mim.
Por fim, a escuridão ainda estava lá, mas isso fazia parte de Alina. Tirei o que eu sabia que estava machucando ela, aquilo que eu tenho feito desde o dia em que nos conhecemos.
Alina é a melhor pessoa que eu conheço.
No dia em que nos conhecemos, ela ficou tão sobrecarregada de escuridão e dor que a morte quase a reivindicou. Mas aí eu apareci, foi como se eu soubesse exatamente o que fazer.
Tirei dela toda aquela dor e escuridão e peguei para mim, de alguma forma. Não sei como. Mas eu consigo ver a aura dela. Em alguns momentos está brilhando, radiante. Em outros, quando ela lembra do passado, toda a dor vem junto e a escuridão aparece. É aí que eu entro, pegando tudo para mim.
Tem seus efeitos, como agora. Não são os mesmo que os de Alina. Ela sente toda a dor, o vazio e tudo de ruim que a escuridão trás. Mas em mim, os efeitos são menos doloros. Talvez porque eu tenha achado uma maneira de soltar tudo para fora.
O cansaço, a dor nos músculos e a forte dor de cabeça era o que acontecia comigo. No início, a dor de cabeça era quase insuportável.
Respirei fundo e me levantei. Ainda estava de madrugada, então fui para a sala de treinamento do palácio que eu sabia que estaria vazia.
E então comecei.
Treinei tanto que no final não conseguia nem me levantar, e nem sentir as dores de cabeça.
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Estava agora na sala do trono, diante de meu pai e o seu humor não estava nada bom.
- Agora me diga, como é que você, a grande General dos exércitos deixou quatro invasores fugirem e ainda acabou no chão no processo?- perguntou ele, fúria em cada uma de suas palavras.
Para ser bem sincera, nem eu mesma entendo direito o que aconteceu ontem. Foi tudo tão estranho.
Eu estava lá, cumprindo minhas ordens e eu estava ganhando e então.....
Então aquele macho falou algo. Um nome. E foi como se a minha cabeça estivesse pronta para ser explodida. A sensação era de se ter uma guerra sendo travado, e o campo era a minha mente. A dor foi tanta que eu acabei desmaiando, conseguindo apenas pedir ajuda para Alina por meio da nossa ligação.
