Capítulo 5

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Andei lentamente até onde eu sabia que Saphira estava.

Dou um sorriso largo quando avisto o dragão-fêmea de escamas vermelhas e olhos azuis.
Ela está tentando pegar os dente leão que saem voando com o vento.

Saphira é o meu maior orgulho. Encontrei ela quando explorava as catacumbas do Castelo. Lembro de pouca coisa desse dia, depois que subi e mostrei ela para meu pai, a única coisa que me lembro foi de ter encontrado o ovo. Não lembro o caminho que tracei e nem o que mais tinha lá.

Ela era apenas um pequeno ovo, e aos poucos, eu fui cuidando e ela nasceu. Cresceu comigo e eu ensinei a ela tudo. Vi sua primeira tentativa de voo, que resultou em bater com a cabeça em uma árvore. Vi quando ela tentou cuspir fogo pela primeira vez e tudo que saiu foi fumaça. E evoluir até conseguir voar o mais alto que já se viu, e cuspir fogo em tudo. Juntas, ganhamos batalhas e dizimamos inimigos. Meu pai, por mais que eu tenha tentado impedir, moldou eu e Saphira para juntas, sermos sua arma de guerra. Eu não conseguia entender o porque, mas eu nunca conseguia dizer não para ele, quando uma ordem direta me era dada. Por mais que eu quisesse, eu nunca conseguia.
Mas ensinei muitas coisas a Saphira, mostrei a ela tudo de bom e lindo que eu conheço.

- Olá, minha pequena Dragão.- falei me aproximando dela. No mesmo instante, seus lindos olhos azuis vieram em minha direção e brilharam ao notar minha presença. Ela correu em minha direção e eu soube nesse exato momento que seria esmagada.

Saphira abriu suas asas e me apertou contra seu peito. Me esmagando no processo. Ela sempre fazia isso. Sei que é o modo dela de demonstrar carinho. Nunca gostei muito de abraços, isso quem ensinou a ela foi Alina. Claro que, bem depois de Saphira queimar os cabelos dela e deixar uma grande cicatriz em seu braço. Mas hoje em dia, elas são grandes amigas.

- Saphira, você está me esmagando.- falei com dificuldade para respirar. Ela se afastou e me olhou, piscando aqueles grandes olhos- Vejo que o seu dia está sendo bem agitado.

Olhei para onde os dentes de leão ainda voavam. Tive uma ideia e logo a coloquei em prática.

Ergui minha mão e logo o meu poder alinhou todos aqueles dentes de leão que voavam e formaram um redemoinho em volta de Saphira. Fazendo os olhos dela brilharem e as asas baterem.

Meu pai tirou muita coisa de nós duas; a guerra tirou. O mundo tirou. Mas nunca vou deixar que tirem isso dela. A felicidade. A genuinidade. Saphira é feliz com as coisas mais simples, como em uma vez, que eu trouxe para ela uma coberta vermelha e ela amarrou a própria em si mesma e não tirou por anos. A coberta ficou arruinada em uma batalha em que estivemos e quando ela viu quem o fez, bem....Não sobrou muito para contar história.

Saphira é um doce, sim. Mas também, é uma máquina de matar quando a deixam brava.

Puxei aquele poder de volta e olhei para ela.

- Temos que ir. Papai deu uma missão.- falei e vi os olhos dela perderem o brilho.

Ela baixou sua asa e eu montei nela, me segurando nas escamas vermelhas.

Assim, Saphira alçou voo e seguimos para um lugar onde eu sabia que encontraria respostas de onde o grupo que invadiu nosso mundo está.

Assim, Saphira alçou voo e seguimos para um lugar onde eu sabia que encontraria respostas de onde o grupo que invadiu nosso mundo está

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