Capitulo 11/P 2

144 15 2
                                    

Quando voltei para o lado do trono, sendo seguida pelo olhar de meu pai, o pânico me inundou.

O que ele iria fazer?

Eu não estava arrependida. Não. Mas agora pesava a consequência que viria a seguir.

- Falaremos sobre isso depois, Luna.- foi tudo o que ele disse e eu não quis saber mais.

A música já tinha começado novamente no salão e os casais estavam dançando. Rodopiando para todo o lado. Eu só precisava sair dali. Da mira de meu pai. De perto do trono. Comecei a descer as escadas e fui em direção a saída do salão, eu estava ciente do olhar julgador de Alina em minha direção, só não estava com cabeça para lidar com isso. Antes que eu pudesse alcançar a porta alguém me chamou.

- Luna?

Meu nome nunca soou tão lindo saindo da boca de alguém. Era como se fosse uma melodia. E quando me virei para ver quem era, senti que todo aquele formigamento voltou. O coração batendo mais rápido. Ele estava ali. E me olhava de um jeito como se eu fosse a jóia mais preciosa de uma coleção inteira. Seus olhos me analisavam com uma intensidade que me senti quase nua, mas não de um jeito ruim.

Eu não sabia explicar tudo o que estava sentindo, eram coisas novas demais. Eu nunca quis estar perto de alguém, sentir o seu cheiro e tocar sua pele como quero fazer com ele. Pelos Deuses, eu estou enlouquecendo?

- P-pois não?- perguntei.

Foi necessário muito esforço para conseguir abrir a boca sem correr o risco de babar.

Ele ainda me olhava daquele jeito, mas pareceu voltar a si quando eu finalmente falei.

- É um prazer conhecê-la, alteza.- disse ele. Sua voz chegou em meus ouvidos como uma melodia, quase pedi para que ele falasse meu nome novamente.

- O prazer é todo meu...- afinal, qual o nome dele.

- Me chamo A- ele parou de repente- Cassian.

Cassian? Ele não parece um Cassian. Bom, eu sei que nomes não tem personalidade e nem nada do tipo. Mas, eu com certeza não diria que Cassian seria um nome que faria jus a ele.

E agora? O que eu faço?

- Eu...Ah....-ele estava gaguejando?- Gostaria de dançar?

Eu sabia exatamente a expressão que estava em meu rosto agora: surpresa.

Eu quero dançar? Ele quer dançar comigo? Eu sei dançar? Bem, a resposta para essa pergunta é não.

Eu estava tão decidia a ir embora, não ficar mais nenhum segundo entre esses abutres....mas tudo se foi quando ele falou comigo. O único lugar onde meu corpo parece querer estar é onde ele também estiver. Por isso, mesmo que não saiba dar um único passo de dança a resposta saiu de minha boca sem nem antes ser filtrada.

-Sim!- falei tão rápido que poderia ter doado desesperada- Digo, eu...hum....sim, eu aceito.

Céus! Alguém faz isso parar! Eu nunca gaguejei antes. E nunca fiquei corada, mas mesmo sem me olhar em um espelho posso jurar que estou quase tão vermelha quanto um de meus vestidos favoritos.

Ele soltou uma respiração pesada. Estendeu sua mão para mim e instintivamente eu coloquei minha mão na sua. Era isso. Era como se os nossos corpos tivessem sido feitos para estar em contato. Cada parte do meu corpo clamava por mais. Nunca quis nada assim antes. Quando nossas peles se tocaram foi como se uma corrente elétrica passasse por todo o meu corpo e acordasse tudo ali. A sensação era tão boa.

Seguimos para o meio do salão, entre os outros que estavam dançando. Ficamos nos olhando em silêncio, como sem saber o que fazer. Ele me olhava com uma intensidade que fazia com que meu coração quase pulasse. Suas mão foi exitante para minha cintura, deixando a pele ali quente. Segurei sua mão e começamos a balançar de um lado para o outro, seguindo o ritmo agora lento da música.

CORTE DE CAOS E SOMBRAS 2Onde histórias criam vida. Descubra agora