Seguir o rumo da moda era tudo que jimin não queria, mas por pressão de sua mãe, não lhe restou escolha... Hoje Park Jimin é um dos modelos mais bem pagos do mundo, SunHee acha que fez um bom papel de mãe na vida do Park, mas na verdade ela o afundo...
Eu deveria entender que o universo nunca está do meu lado, mas bem feito pra mim, eu pedi para que Jungkook me ajudasse a odiá-lo e por fim ele fez o que pedi, ele não tinha o direito de mexer nas minhas coisas, eu nunca falei sobre meus problemas para ninguém além de Rose Namjoon e Jin... Porque eu sabia que quem soubesse o que eu tenho iria me tratar de forma diferente, como se eu fosse um ser indefeso, como se eu não desse conta de cuidar de mim mesmo, e outras pessoas iriam me olhar com pena, e eu não quero isso.
Ver que Jungkook descobriu tudo me deixa irritado, foi invasão de privacidade, foi uma péssima ideia a dele... Eu odeio o universo nesse momento, e odeio Jeon Jungkook, e nem é pelo fato dele ter ido atrás de saber para que eram aqueles malditos remédios, mas sim por ele me fazer perder a confiança e si.
Sofrer de ansiedade não é algo que escolhemos ter, ela simplesmente acontece, claro que tem toda uma bagunça por trás disso, eu desenvolvi ansiedade no auge dos quatorze anos, eu ficava triste sem saber o porque, eu chorava sem motivos e isso era apenas o inicio de todo o inferno, sempre que minha mãe me colocava uma pressão a mais nas vezes que eu errava os passos de desfilar, eu me sentia mal... Um enjoou tomava conta do meu estomago, uma angustia estranha uma sensação de que algo ruim iria acontecer, e eu não sabia o porque de ficar daquela maneira.
As vezes eu tava tranquilo brincando com os garotos e garotas que sempre desfilavam no mesmo evento que eu, e me vinha a necessidade de correr para os braços de alguém, uma vontade enorme de falar que eu amava tal pessoa e então após desfilar eu corria para os braços de Rose, e repetia diversas vezes que eu amava ela, e ela chorava enquanto me abraçava e dizia que tudo ia ficar bem, aos dezesseis passei a ter medo de dormir, pois na minha cabeça eu iria amanhecer morto ou alguém muito importante para mim iria partir para o outro mundo, então eu ficava abraçado ao meu próprio corpo com medo de que algo fosse acontecer ou de alguém me pegar, e por conta do medo eu paralisava olhando para o nada, e por mais que eu tentasse falar ou me mexer eu não conseguia, e isso foi se repetindo por varias e varias noites.
Depois de um tempo Rose passou a me observar, e foi então que ela percebeu que tinha algo muito errado comigo, perdi muito peso, olheiras eram o que mais tinham em mim, eu vivia igual um zumbi, e mesmo assim eu falava que tava tudo bem, minha mãe nunca sequer percebeu isso, porque ela nunca ligou... Aos dezessete anos as coisas ficaram mais serias, em um dos meus ensaios eu não estava me sentindo bem, estava com as mesmas sensações de crises que eu tinha durante a noite, e foi então que me ocorreu o primeiro desmaio... Me levaram para o hospital as pressas e foi então que o diagnostico veio... Ansiedade grave, e fui mandando de imediato para o neuropsiquiatra, e foi então que comecei a tomar remédios para que assim eu conseguisse manter o controle de tudo... E foi dai em diante que a minha mãe passou a dizer que eu sou um doente imprestável... E talvez ela tenha razão.
-Não diga a ninguém para onde vou ok?
Digo colocando uma mala pequena dentro do carro, olho para a moça a minha frente e ela parece angustiada.
-Monica eu vou ficar bem, não se assuste ok? Eu sei que é seu primeiro dia e talvez nem era pra mim ter te chamado hoje já que eu não estou trabalhando, mas é que eu não queria ser interrogado por Rose.
Digo fechando a porta traseira do carro e ela me dá um sorriso tímido.
-Eu não irei dizer a ninguém, prometo... E tá tu bem eu estou aqui para ajuda-lo, espero que fique tudo bem senhor Park.
Ela diz de forma calma, eu não to bem e acho que ela já percebeu isso, o tanto que já chorei foi o suficiente para encher um balde, e eu preciso muito sair daqui, me sinto sufocado, cansado então eu preciso mesmo ir para um lugar calmo onde ninguém saiba de minha existência.
-Eu vou ficar bem, vá para casa descansar ok? Até daqui uns dias.
Digo adentrando o lado do motorista e então dou partida para fora de Busan.
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Depois de horas dirigindo, finalmente cheguei a Seul, eu tenho um apartamento aqui e quase ninguém sabe disso, e sim eu avisei a Rose onde estou, pelo menos ela eu não vou matar do coração por sumir, Jungkook me ligou diversas vezes enquanto eu vinha pra cá, também mandou muitas mensagens que eu fiz questão de ignorar, adentro meu apartamento e olho ao redor vendo que a moça limpou tudo aqui e deixou a geladeira abastecida como eu pedi, eu me sinto vazio, estou exausto, não entendo pra que vim ao mundo se tudo ao meu redor é só sofrimento...
-Um banho talvez me faça bem...
Digo a mim mesmo, abro minha mala e a primeira coisa que vejo são meus remédios, os pego e sigo para cozinha, olho ao redor e encontro uma garrafa de whisky, e se eu acabar com meu sofrimento? E se eu tirar essa dor de mim de uma forma não tão dolorosa? Eu poderia cortar os pulsos e sangrar até meu ultimo suspiro, eu não queria isso, eu não queria sentir dessa forma, eu não queria sofrer desse jeito... Minha mãe tem total razão, eu sou um doente problemático que não sirvo pra porra nenhuma, então por que eu deveria continuar aqui?
Ir embora desse mundo vai trazer um alivio para as pessoas não? É exatamente isso... Abro a garrafa e dou alguns goles na bebida, sentindo ela descer ardendo em minha garganta, pego os remédios e a garrafa e sigo para o banheiro, encho a banheira tiro minha roupa, me olho no espelho e então vejo as lagrimas descerem por meu rosto... Vamos lá Jimin você consegue, não vai haver dor, nem sangue... Vamos dizer que eu vou apenas dormir... Eternamente.
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