Ato XI

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Não. Não fui atacada pelo lobo selvagem e sedutor enquanto não podia mover um músculo.

Pena.

Minha libido estava em polvorosa e queria muito que ele mostrasse aquele lado Viking conquistando e devastando o território.

O máximo que ele fez foi encher a banheira para mim, me depositar ali dentro e dizer para que eu tirasse as roupas.

Hein? Nos livros o mocinho sempre era mais ousado e romântico, ele mesmo retirava peça por peça e tal.

Enfim, lá estava eu: sentada na banheira com água quente e tentada a dizer a Josh que, do mesmo jeito que não estava conseguindo me mexer antes, também não conseguiria me mexer para retirar as roupas.

Aquilo era meio óbvio. Eu precisava de grupos musculares para conseguir efetuar a ação.

Idiota.

Burro, estúpido.

Senti uma lágrima deslizar e nem sei porquê.

Talvez porque eu quisesse chamá-lo e apontar o óbvio, mas meu orgulho sairia ferido.

Escutei um xingamento e a porta do banheiro sendo escancarada.

— Caralho! Me desculpe! Eu esqueci que seus músculos estão tão fracos que você não consegue mexer nada, muito menos retirar as roupas! — falou nervosamente enquanto se ajoelhava ao lado da banheira. — Eu só achei que não conseguiria ficar ao seu lado... assim...

Eu entendi. Até eu estava excitada e nervosa com a possibilidade de ficar nua aos olhos dele.

Mas vamos lá. Vamos fingir que ele é um médico experiente e muito, muito gato.

— Apenas pense nisso como algo científico — falei brincando, mas nervosa.

— Científico?

— É. Finja que você é um médico desses gostosos de Grey's Anatomy, e que sou uma paciente chegando à sala de emergência, precisando de atendimento imediato — falei rapidamente. — Você vai olhar com olhos científicos.

— Não vai ter nada de olhos científicos aqui, Gaby — ele disse enquanto puxava calmamente as roupas que compunham meus trajes de ensaio.

Calça, meia calça, colant.

Hum... calcinha? Deixe a calcinha, por favor!

— É o máximo que minha força de vontade aguenta — disse, afastando os olhos dos meus seios descobertos. Droga, eu queria os cabelos soltos agora. Assim eles poderiam cobrir os picos salientes.

— Hum... você poderia soltar meus cabelos, por favor? — pedi, constrangida.

Minha nossa. Eu estava nua, ao lado, na frente, sei lá em que posição, do cara por quem sempre fui apaixonada.

Era algo muito doido, ou não?

Suas mãos habilidosas foram soltando grampo por grampo e quando seus dedos passaram suavemente por dentre as mechas dos meus cabelos, quase gemi de prazer.

Segurei. Ou acho que segurei. Ah, foda-se. Agora eu também mandei o pudor às favas.

Meu corpo afundou um pouco na banheira e percebi que havia sido ele que me guiara para aquela posição. Quando ele percebeu que eu não teria controle para manter a posição sentada, ele se levantou e arrancou a camiseta, puxou a calça jeans e uouu... Ainda bem que a cueca boxer, muito sexy, por sinal, ficou no lugar.

— O que você está fazendo? — perguntei quase histérica.

Josh entrou e sentou-se atrás do meu corpo, ajustando minhas costas em contato com seu peito forte.

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