Capítulo Trinta e seis?

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Llorar ( Jesse y joy part Mario Domm)

Essa música é tão linda 😍 Eu amo ❤️

Desavenças e se...

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---- E se não merecermos um final feliz? Eu sei que não mereço,mas quero conquistar meu próprio final. E que justo acima de qualquer bondade que vocês dizem ser inalcançável. ---- Ruggero afiava sua espada estressado de tanto falatório inútil que até o momento não houvera solução, pois ele não via sua senhorita ao seu lado e isso o deixava mais irritado por tamanhas especulações de benevolência e virtudes. ----- Fodam-se as virtudes! Só quero o meu amor de volta e a felicidade que ela merece, porque por Deus, sinto que a mesma se encontra em desespero e nada posso fazer ficando aqui discutindo tantas bobagens.

Jogou a espada numa árvore, o que a fez atravessar graças a Bilu.

----- Foda-se a sua revolta, mundano! O que a árvore tem haver com isso? Não haverá desmatamento aqui, estás a me ouvir, ouvido ensebado?!

Pulava tentando ficar cara a cara com o maior, que ficou chocado ao ouvir o pequeno valente duende enfurecido.

----- Desculpe-me!

----- Peça desculpas a árvore, não a mim, seu ladrão insolente! ---- Rosnou alto, sua voz pouco dava medo o que o emburreceu mais ainda.

----- Ah, ótimo! Lembro-me agora donde o conhece eres o gatuno que rouba dos ricos mas nunca dá aos pobres. Que petulante!---- Zombou o príncipe decepcionado enquanto jogava distraidamente uma pedrinha no lago de duas cores. Um grupo de andorinhas voou para longe, com o susto repentino.

Era verdade, em partes... Os julgamentos às vezes são muito pesados, mais do que deveriam.

----- Oras, seu filhinho de mamãe e papai fajuto! Quem estás chamando de petulante? E gatuno... Apenas, apenas a minha senhorita pode me chamar assim. Ouviu? O será que estás tão conservado que sequer limpou tuas orelhas esta manhã, vossa realeza estúpidante?!

Um confronto parecia querer se iniciar entre os dois jovens alterados. Bob que vinha atrás do irmão ria a todo momento, estava gostando da treta criada involuntariamente por Bilu.

----- Estúpidante? Essa palavra nem parece existir num bom vocabulário! Seu vagabundo miserável!---- O outro lhe olhava com fúria, detestava ver o sorrisinho cínico nos lábios do príncipe. O detestava por ser tão arrogante. ----- Quando a senhorita Sevilla estiver de volta, o senhor não vais ousar tocar nela de maneira nenhuma. Não permitirei!

Foi a gota d'água para que Pasquarelli partisse para cima do sujeito com a coroa na cabeça e lhe jogasse dentro do lago, o vendo submergir  e voltar segundos depois com as vestes, obviamente, molhadas.

----- Tens sorte de amar uma jovem tão benevolente e corajosa como a senhorita Sevilla, ou estaria agora atrás das grades num porão imundo por tamanha falha contra o futuro rei.

----- Ah, estou bastante preocupado! Não vê como estou tremendo de horror e medo, querido?!

----- O que se passa com vocês? Parem com essa merda de discussão e vão fazer algo de útil, ou querem que chame Katynia para que façam trabalhos de damas no andar de cima do castelo. Como por exemplo, experimentar as vestes delas e os sapatos, talvez arrumar o cabelo e passar uma boa quantidade de maquiagem nos seus rostos belos, gracinhas?! ---- O mago propôs cruzando os braços perto do muro de pedras esmeraldas.

----- Oh, também não precisa exagerar, tio. Estávamos apenas...

----- Discordando.

----- Ser irritante!

----- Infantis! Se virem, então.

Edgar saiu com Angel os deixando à sós.

----- Ladrão sem coração!

----- Meu coração está longe!

----- Não sei se é sorte ou azar o dela!

----- Vai se lascar, alteza!

----- Você pode ir primeiro!

Estavam do lado de fora, na parte de lutas e treinos, num canto mais afastado para que os soldados não fossem atrapalhados.

Os mais velhos sabiam que isso era stress, ambos podiam se odiar mas tinham um amor em comum e não iria se matar, já que sabiam que ela não os perdoaria.

----- Bilu, traz a pipoca e o chocolate quente!

----- Bob Marley! Isto é sério, garoto, seja mais gentil!

----- Bib mirlii, isti i sirii, giriti, siji miis gintil! Oras, pare de ser um tonto sem graça!

----- Oh, seu... Seu indecoroso!

----- Vá pastar!

----- Ora! Vá você, seu búfalo fedorento!

Os outros riram os olhando. Bilu sentiu o rosto esquentar e sumiu numa fumaça verde.

Bob se foi também ainda rindo, restando ali só os dois jovens.

Mais tarde a noite se fez presente e eles aproveitaram para sair ao ar livre para respirar fora das paredes e muros da realeza. Eles amavam passear a noite, já que por muitas vezes de dia o sol estava muito quente e poucos se aventuravam em sair.


O príncipe queria estar se divertindo, porém faltava alguém ali com eles e sim, ele via e sabia que os outros e ele mesmo mereciam um momento de diversão e lazer. Matteo mesmo sendo centrado e nunca capaz de dizer com palavras, gostava mesmo da leitora e sentia falta de sua companhia, de como ela lhe transmitia coisas boas, um conforto partilhado por ambos numa amizade leal e encantadora criada em tão pouco tempo, muito significativa para os dois.

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Edgar se afastou dos outros e a autora o acompanhou. Quando pararam estavam de volta no castelo, na parede inferior onde o trono se encontrava, desprotegido e frio.

Havia um porão secreto logo abaixo deles e o mago sabia, por isso, foi até lá e após entrarem e descerem as escadas, Angel foi atingida de repente por uma visão, seus olhos de castanhos, passaram a ser um intenso roxo que lhe mostrava uma garota de casaco correndo junto de um grande e peludo animal azul parecido com sua melhor amiga.

Mills a segurou pela cintura temendo que algo a estivesse enfraquecendo. Ele sabia que a mulher não tinha descansado o suficiente e isso o deixava irritado e preocupado, porém nada cobraria até que tudo estivesse bem e eles pudessem respirar sossegados, iria se atentar a ela, todavia.

----- Ei, sente-se aqui, my herfs. Descanse enquanto faço minha mágica, okay?! ----- beijou sua testa, ela o segurou pela pulso. ---- O que há de errado, amor?

----- Karol e lady... ----- As pálpebras pesadas da arqueira se fechavam e abriam devagar de mais. ----- Elas estão tentando voltar. Mas, algo aconteceu com a Lobinha, ela estava em uma forma animal de carne e osso, não mais celestial, a não ser pelas constelações ainda em seu pele bastante peluda pelo visto.

A cor dos olhos havia voltado ao normal, esperava que as duas encontrassem o portal depressa e que o livro não tenha caído em mãos erradas.

----- Ah, sim... Que ótimo! Agora fique aí! Vou fazer um feitiço que talvez as ajude, se fizer certo e um portal se abra daqui mesmo, dai a gente só vai e traz elas. Pode dar certo, confia em mim?!

Se desse certo, eles não seriam os únicos a querer ir para o mundo real e era ai que estava o perigo. Alguém os via a espreita sorrateiro ou sorrateira com um rato ou ratazana em busca de um docinho, um pedaço que fosse de comida. No caso do traidor, uma chance de escapar desse mundo dos livros e fazer sua história no mundo real.

----- Sim, sempre. Seja rápido, por favor! Sinto um pressentimento ruim me acomodar.

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