Capítulo Vinte e um

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O calor queima mais quando a verdade no olhar é complacente.”Asm²²

Ruggero coçou a nuca olhando para qualquer ponto fixo que não fosse os olhos verdes e ardentes de Karol, ele sentia seu corpo arder em desejo e devoção ao vê-la tão linda e destemida lutando para proteger a si e aos outros.

As chamas palpáveis da paixão estava crescendo e se intensificando a cada dia mais dentro deles, e qualquer troca por mais simples que fosse de olhar, era flamejante dentro de seus corpos e arisco admitir que também de seus corações, que pouco a pouco, percebia-se que batiam em uma harmonia natural e que combinava entre os pulsar suave e depois forte um do outro.

Era evidente que ambos sentem o mesmo, mas ainda não sabiam o quão maior e mais intenso se tornaria.

Estava louca para que o descobrissem.

Angel sussurrou para si mesma, alisando a flecha em seu encalço.

A árvore brilhava realmente e soltava sua lindas folhas brancas azuladas, impressionados, todos já estavam. Guiada por uma força indescritível, Karol se deixou levar pela adrenalina de emoções e a energia vital que parecia lhe chamar, se permitindo e dando o prazer bem-vindo, ela tocou no tronco grosso da mesma, sentindo passear por sua mão e braço a magia e a harmonia natural que vinha dela.

Ela foi levada para uma dimensão diferente da de poucos minutos, era uma visão que lhe estava sendo dada e precisava de atenção aos fatos que aconteceriam a seguir.

O relógio apareceu mostrando o tempo que talvez restasse para Karol ser mandada de volta para seu mundo e resolvesse suas pendências.

“ Quando uma pessoa na fase da adolescência decide fazer uma festa que a permitirá alcançar a idade adulta, qual a idade que ela normalmente em seu aniversário estará completando?

Esse é o tempo que talvez lhe resta, minha cara leitora destemida. E aconselho que faça com que possa valer a pena cada instante vivido.

Se quer encontrar a sua saída deste lugar, terá que se lembrar; para os de coração livre, ela se mostrará. ”

Ao retirar a mão, sua visão voltou a normalidade e ela precisou piscar diversas vezes seguidas para se situar. Ruggero que já segurava em seus ombros a protegendo, deixou que pouco a pouco o ar encontrasse seu devido lugar em seus pulmões e esboçou uma cara mais relaxada, mas ainda preocupada para a mulher, praticamente, em seus braços.

---- Podemos seguir?

O ladrão olhou para Foyer fazendo uma careta desagradável por ser um tanto indelicada com o que acaba de acontecer.

---- Sério, Lady Foyer? Olhe para a moça, está mais pálida do que um punhado de farinha de trigo!

Kaila abanou as mãos e se acomodou melhor na roupa ao sentir um pouco de frio, mesmo estando calor. Em seu estômago uma sensação de embrulho se apossava dela.

---- Ela está bem, a árvore jamais faria mal a nenhum ser vivo. Ela apenas mostra a verdade e o que queremos ver.  ---- Precisou explicar para que ninguém levasse sua pergunta para o lado ruim.

---- Okay! Podemos ir, então!

---- É... Talvez...

Pasquarelli ainda estava em dúvida sobre irem a procura da tal porta ou portal que levaria Karol embora, talvez para longe dele para todo o sempre. Ele podia parecer egoísta, pouco se importava. Pois para ele se pudesse evitar que o encontrasse, eles ficariam juntos e poderiam se conhecer melhor.

....

Luna proferia em pensamento todos os tipos possíveis de xingamentos e repressões possíveis. Quando se tornou tão descuidada? Nenhuma lembrança domava seus pensamentos sobre.

---- Lembro-me de você! É a gatuna que foi pega tentando invadir a sala do trono e ainda desarmou metade dos outros guardas! O que fazes fora da cela?

---- O guarda me liberou, ele confirmou que vossas majestades sabiam da minha retirada.

Jorge a interceptou, desconfiado.

---- Por nosso Deus! Isso é muito estranho. Por que lhe prender para depois soltar assim tão fácil?

---- Acredito que as ordens dos superiores devem ser atacada, somente!

Luna e os dois já estavam de pé, um olhando para o outro, como se avaliasse bem algum tipo de mercadoria numa feira livre.

---- Decerto, é estranho! Porém, meus amados pais devem estar de bom humor e talvez, arisco dizer, farão uma renovação de votos muito em breve. Vi um falatório e alguns empregos trazendo ingredientes e vinho. Além de outras coisas riquíssimas em sabor e sem dúvidas, só são usadas em ocasiões especiais por aqui. ---- Sua coroa fora devolvida por López, o leve tocar de seus causando arrepios, como pequenos choques em ambos.

A mulher que ali estava notou o clima, mas apenas mordeu o canto da bochecha. 

---- Talvez seja por seu casamento com a princesa de Luminos winx! ---- A voz do cacheado era triste, quase melancólica ao se tratar desse assunto.

Já Matteo encolheu os ombros, não se agradando em nada com aqui.

---- Ah, é. Podes estar com a razão...

Havia pensado que escolheria a pessoa com quem iria se casar e possivelmente passar até seus últimos suspiros em vida.

Se enganou muito ao pensar assim.

Suas majestades havia escolhido uma dama honrosa, fina e com uma boa herança de família para seu filho. Decidiram escolher, mudando totalmente de ideia ao saberem do desejo da princesa Katynia para reinar.

Aproveitando a distração que aquela conversa trouxe para os rapazes, Luna Pasquarelli saiu as pressas dali, entrando em um dos corredores. Corredores esses que levavam direto para uma ala mais reservada e quase secreta do lugar, poucos além do rei e da rainha podiam ir até lá sem problemas.

E a corajosa gatuna nem esperava, mas descobriria um segredo que era guardo a sete chaves e quem o guardou nunca imaginou que volta a lhe assombrar e fosse revelado para todos do reino de Klarinor.

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