Capítulo Trinta e quatro?

20 2 20
                                    

Cinco dias depois em Klarinor as coisas se afloraram deixando os ânimos tensos, logo tudo estaria em pratos limpos e o fim poderia não ser o que esperavam. No entanto, poderia ser melhor.

Luna e Ruggero conversaram bastante durante os dias que se passaram, cinco dias longos demais para quem estava apaixonado e somente queria um sinal que a outra pessoa estava bem e segura. Mas por bem, ela estava e sua aventura naquele mundo logo acabaria e talvez Karol retornasse ao mundo do seu amor.

Luna havia devolvido a caixinha para os monarcas a mando de seu irmão, conseguindo assim o perdão da princesa que a fitava em curiosidade durante esses dias, parecia que elas se conheciam, era difícil saber como e de onde.

A irmã do ladrão acabou contando para o mesmo o segredo de Penóleo sobre o incidente dos antepassados e o jovem logo tratou sim de passar a informação para seus amigos, pois era desse modo que os considerava, o príncipe Matteo foi levado a questionar tais acusações com seus pais e o chefe da guarda real que contou ser verdade, mesmo sabendo que a culpa nunca foi sua havia um pesar no tom de fala do mesmo que havia sido amparado por sua filha  mbar. Essa que por vezes se mostrava exausta e angustiada. Ela e a rainha tinham um acordo em relação a princesa Katynia, e infelizmente, a mesma nunca chegaria a cumprir.

Por pura hipocrisia, vossa majestade não aceitou o romance das duas e logo tratou de cortar esse laço abalando ambas.  mbar estava disposta a sumir do castelo e recomeçar bem longe de todos, inclusive de seu pai que mesmo aprendendo com o tempo aceitou uma nova aliança com alguém que estudou e guardou rancor pela pessoa amada e decerto iria se vingar e vangloriar com o que achava que conseguiria destruindo todos os que se pusesse em seu caminho.

Acreditava-se que muitos saberiam a quem me refiro, ou talvez suponha.

As incertezas são tão enfadonhas....

💟💟💟

---- Não teve portal nenhum? Como assim? Era pra aparecer um portal e assim você poderia ir com ela... Tenho um leve palpite de que Lady Girassol esteja no mundo de onde nós viemos, ela precisará de ajuda se pegarem a guardiã. ---- A autora estava preocupada, confiava na valentia e determinação de sua personagem, mas não deixava de sentir que falhou com ela e sua melhor amiga Lobinha.

Somente após se situar, Ruggero admitiu o que levou Karol a ir embora, só que ele também sabia tão pouco que cogitou ser pouco digno da confiança da mulher.

---- Lady saiu sem que ninguém notasse. Estávamos entretidos, ela deve ter ficado sufocada.  -----  mbar comentou, aproveitando o pouco tempo que tinha ali.

---- Os espíritos sentem emoções? Acho melhor me benzer e vocês também, hein! ----- Pasquarelli fez o sinal da cruz, depois agradeceu baixinho.

----- Medroso! ---- Luna zombou, rindo de sua atitude.

---- Ah, droga! Que bosta! ----- O príncipe bateu as mãos na grande mesa de vidro e por pouco não se machucou e quebrou o objeto tão frágil que poderia ferir dolorosamente, assustando até o par de cisne no canto da janela e pode-se ver o bater de asas e voar dos mesmos.

---- Acredito que ela saiba o que fazer e como lidar com qualquer um! A senhorita Karol ser muito astuta e destemida, acho, melhor dizendo, tenho a certeza que merece um voto de confiança vindo de nós para com ela. ---- O ladrão olhava para sua irmã com pesar, mesmo após a conversa que tiveram, Luna não parecia disposta a ficar fora de problemas e havia roubado adereços reais, estava na sua ousadia, usando um deles nesse instante. O jovem percebeu e isso o encheu de chateação e orgulho, mas ele nunca diria a ela.

----- Você tem razão, Pasquarelli! ----- Angelica concordou lançando um sorriso de canto, se sentia intimidada na presença de tantas pessoas, jamais admitiria. Tão orgulhosa quanto seus personagens. ---- Ela é muito foda! E lady Girassol muito altruísta e decidida. Ambas ficarão bem se tiverem uma à outra. Só quero acreditar que acharam logo uma maneira de voltar para casa. Elas assim cada um de nós pertence a esse lugar e farei qualquer sacrifício, nem que dessa vez tenha que de verdade e novamente dar a minha vida para que elas possam ter um futuro com aqueles que amam. É uma promessa que, se fosse realmente necessária, seria cumprida! ----- Saiu dali, os deixando pasmos.

Um arrepio apossou-se de todos com a suposição tão drástica.

🦋🦋🦋🦋🦋

---- É culpa minha! Elas estão naquele mundo sem defesa e ainda por cima somente dependendo delas mesmas. Sei bem que são capazes de se proteger e cuidar, mas não tira o medo e a preocupação que sinto aqui dentro. Lady ainda estava com medo e eu fui cega a ponto de não perceber antes! ---- Fechou e abriu as mãos, tremendo de remorso.

----- Acalme-se, por favor.

---- O que faz aqui? Deveria estar com os outros, não quero atrapalhar e que me julguem por ter falhado, outra vez. Achei que as coisas estavam sob controle e cometi um equívoco estrondoso. Impressionante como só faço merdas!

----- Eu não julgo as pessoas pelos seus piores erros.

----- Pois deveria! Eu sou tão estúpida!

----- Você não julgou... E pare de dizer isso! Nunca será uma verdade!

---- Não julguei porque não era um segredo seu em primeiro lugar. E você nenhuma culpa tem. Como sei também que nem chega aos pés dos pecados que carrego aqui comigo.

Ele tocou seu pulso, acalentando o coração e iluminando a alma da mulher, que desceu seu olhar para suas mãos juntas. Gostava daquilo.

----- Eu sei disso. Você quem me mostrou tal afirmação! Foi isso que me fez admirar ainda mais a vossa pessoa e querer…

Sua fala foi tomada pela dela numa pergunta estúpida, que fazia a autora estremecer por dentro.

----- Por que ainda está aqui? E-e comigo?

Edgar Mills abriu seu melhor sorriso, acariciando seus dedos. Ela era tão previsível, que se tornava mais fascinante aos olhos dele.

---- Porque o que quero de você é a sua felicidade, e sinto que sou parte dela. ----- Sorriu convencido, rosto da mesma esquentou ao viajar nos próprios pensamentos. ----- E também se for para termos algum de verdade, acredito ser importante nos acomodar e conversar, sem deixar que o passado sempre volte à tona e tire o melhor de nós, my herfs. {Meu outono} ----- Ou talvez seja pelo encanto ao ver aquelas asas grandes e brilhantes e hum… o novo visual.

----- Ah, vá! ----- Riu batendo em seu peitoral. ----- Que espertinho!

----- Sou o seu espertinho, meu amor!

O marejar de suas órbitas azuis mostrava o quão emocionado estava, ela não era diferente daquele momento e ao sentimento de carinho que recebia, agradecia a quem quer que fosse o responsável por esse instante.

---- Você é um pé no saco, sabia?!

----- Sabia sim. E mesmo assim você consegue me amar e tudo isso em tão pouco tempo, my herfs. Acho que estou me apegando a você e seria difícil te soltar caso algo desse errado e um de nós desejasse fugir para cuidar do outro, mesmo de longe e que isso fosse partir nossos corações.

----- Com loucura. Amo com loucura. Como nunca seria capaz de amar ninguém ou mudar a minha estação preferida, você também é o meu outono e a minha brisa acolhedora. E como autora, deve admitir que nunca é bom duvidar de nós, porém, às vezes somos bem legais. ----- Deu um olhar lascivo para ele. ----- Humhum… Confio que esse seja o caso aqui, então, o que acha de me beijar. Adoro quando você me pega com firmeza e tira meu fôlego, é tão gostoso e deixa louca!

Ambos sorriram com duplas intenções ao estarem mais próximos. Seus lábios se encontraram em um beijo suave, as mãos de ambos segurando seus rostos com seus dedos fazendo uma carícia muito bem-vinda e singela, arrepiando até mesmo o pulsar de seus corações.

Parte do diálogo entre Angel e Edgar é uma  Referência Viúva Negra e Clint Barton ( Eles são amigos) (Vingadores: Ultimato)  A sofrência que foi essa cena não está escrita nos meus olhos lacrimejados ao assistir o filme.

Aiai… o que esperar do final dessa história? Não sei se sei🤧

❛ Puro Encanto ❛  Onde histórias criam vida. Descubra agora