Seis semanas atrás...
Luke estava supervisionando os droides que construíam os pequenos chalés que serviriam de acomodações para seus futuros estudantes. Ele estava disposto a encontrar younglings – crianças sensíveis a Força – e a treiná-las para serem Jedi, quando sentiu.
A Força corria poderosa por suas veias, sua mente foi transportada para outro lugar. Ele fechou os olhos, e deixou que a Força lhe mostrasse, e o que ele viu o arrancou o ar de seus pulmões e o fez arfar. Uma criança, da mesma espécie de Mestre Yoda, sentada em uma pedra em um dos Templos sagrados dos Jedi. A criança era poderosa, ele sentiu um grande campo de energia cósmica protegendo-a.
Ele viu os pensamentos da criança dentro de sua mente, era uma coisa difícil de explicar. A criaturinha estava curiosa e queria saber quem ele era.
"Eu sou Luke Skywalker."
A resposta veio em uma única palavra:
"Grogu."
Esse era o nome dele. Luke então lhe perguntou como fora parar ali, e o garotinho lhe mostrou a memória de um rosto, acompanhada de medo e receio. A togruta que ele lhe mostrava era Ahsoka Tano, na mente dele, ela era "a moça legal". Ele lhe contou que a conheceu na lua de Corvus, e contou sua história assim como havia contado a ela. Grogu parecia gostar de Ahsoha e tinha um grande respeito por ela, em sua mente a chamava de Mestra. Mas tinha medo de que ela a levasse embora e o afastasse dele. Grogu ficou aliviado quando ela disse que não poderia treiná-lo, e entendeu quando ela o mandara para aquele lugar, ali ele encontraria o mestre certo para treiná-lo.
"Vai ser um prazer treinar você Grogu. A poucos anos, conheci um mestre de sua espécie. De quem você não quer ser afastado?"
Então, a criança mostrou um capacete. Luke ergueu uma sobrancelha e se desconcentrou por um instante. Ele não queria ser afastado do capacete? Mas então se lembrou. Ele vira um capacete como aquele na última vez em que estivera em seu planeta, na esperança de resgatar Han em um plano audacioso com a ajuda de Leia, Chewbacca, Lando, R2D2 e C3PO. Aquele capacete era muito similar ao do caçador de recompensas, Bobba Fett, que entregara seu amigo a Jabba, o Hutt.
Seja lá quem fosse que usasse aquele capacete tinha a mais profunda confiança e afeição daquele pequeno ser usuário da Força. Seja lá quem fosse que usasse aquele capacete, seria a causa dos problemas de Luke num futuro próximo.
Pois, seja lá quem fosse, era mandaloriano.
Tia Beru costumava dizer a Luke para tomar cuidado com o que desejava, pois a Força nos dava e devolvia, e geralmente não do jeito que queríamos. Ela devia ter razão, pois Luke imaginou que o mandalorino era uma nave cargueira cheia de problemas, e desejou se ver livre dele com vontade. A Força devia ter senso de humor sarcástico, porque o mandaloriano estava ali e com Grogu em seus braços.
Agora, naquele exato momento, o Jedi e o mandaloriano se encaravam. Ou pelo menos Luke encarava o capacete a que Grogu se afeiçoara – com uma expressão pouco amistosa –, e Din Djarin recebia aquela feição com receio por trás do beskar.
Ahsoka havia lhe avisado que o mandaloriano estivera ali querendo ver Grogu, e que lhe deixara um presente. Era uma cota de beskar. Luke não gostara daquilo, Grogu tinha vínculos com ele, mas também estava familiarizado com o estilo de vida Jedi, com treino e disciplina, ele seguiria em frente. Mas o mandaloriano, por outro lado, não estava pronto para deixar o garoto ir. Então, Luke propôs que Grogu escolhesse, e acabou o enviando para Tatooine. Luke ficou se perguntando o que o homem fazia lá, mas imaginou que o planeta deveria ser um prato cheio para um caçador de recompensas.
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Só entre nós nesse planetinha (DinLuke)
FanfictionO mandaloriano era homem entregue as emoções, e apesar de nunca demonstrar Luke sabia disso. Luke também sabia que esse era um caminho perigoso para se trilhar na Força e por isso pedira para que Grogu escolhesse. O que ele não esperava era que ele...