Capítulo 4 A suspeita

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- Luuuke, meu amigo de fé, meu irmão, camarada!

Lá vinha Han Solo, com os braços abertos e um sorriso radiante e cheio de dentes enquanto descia pela rampa da Millenium Falcon.

- Olá, Han. O que você quer? – cumprimentou Luke, com um meio sorriso já imaginando o que o amigo havia aprontado daquela vez.

Han o abraçou e deu tapas pesados em suas costas, se ele estava pensando em esconder algum contrabando no planeta pacífico que ele havia escolhido, Luke iria levitá-lo de volta para dentro da Falcon e dar adeusinho dali mesmo.

- Que é isso, garoto? Isso lá é jeito de cumprimentar seu melhor amigo de tantos caminhos e jornadas das horas mais incertas?

Luke fechou a cara. Era problema grande. Talvez uma horda de piratas estivesse agora mesmo atrás deles se preparando para bombardear o planeta.

- R2, scaneie a nave do Han atrás de rastreadores.

Han arregalou os olhos, mirando o Jedi e o droid, incrédulo.

- Por que tanta ressalva, rapazinho? Enfim, não importa. – ainda com o braço ao redor do pescoço de Luke eles saíram caminhando para longe da nave a passos lentos. – O Chewie me lembrou ainda ontem que amanhã é aniversário da Leia.

Luke o olhou de soslaio com desdém.

- Ah é? E de quem mais?

- Como assim de quem mais? Tem mais alguém? – perguntou ele, fazendo aquela cara de burro que exibia quando estava se afundando em encrenca e tentando sair dela comendo pelas beiradas.

Luke deu uma cotovelada forte no estomago dele, o fazendo soltá-lo.

- Seu jawa. – Luke tinha um sorriso grande. Ele não acreditava na lerdeza de Han, como ele conseguia se safar só com lábia?

- Aaaaaah eu esqueci, é seu aniversário também. – Han deu um de seus melhores sorrisos mesmo com dor, se o homem fosse mais pilantra venderia até o melhor amigo. – Eu te compenso... – ele estava dizendo aquilo e fazendo aquela cara de quem não tinha a menor ideia de como faria o que estava prometendo. Luke já se preparava para o que estava por vir. – Eu preciso de ajuda...

- Não! – interpôs Luke, sem deixa-lo terminar de falar, seguindo seu rumo encosta acima de uma colina e deixando o amigo para trás.

- Você nem sabe o que eu ia dizer! – reclamou Han, correndo atrás do Jedi.

- E nem quero saber. – disse Luke, que só parou quando o outro pulou na sua frente bloqueando o caminho. – Eu só ia pedir pra você levar a Leia até Aldhani pra mim amanhã enquanto eu resolvo um trampo por aquelas bandas, só isso.

- Ela tá brava com você.

- O que foi que ela te disse? – Han arregalou os olhos e trincou os dentes, já em pânico.

- Ela não disse nada, eu joguei um verde e o colhi um maduro.

- Ah, não Luke. Assim não vale.

- Não importa, dá o seu jeito, Han.

Usando a força ele levitou o homem e o arremessou pela rampa aberta da Falcon, tratando de fechar rápido a porta, que estalou como se fosse se soltar dos compressores e dobradiças. Como Han tinha coragem de voar naquela velharia? Um som alto de caça cortou o ar do planeta silencioso e Luke olhou para o céu bem a tempo de ver outra relíquia.

Francamente, o que diabos ele fizera para a Força para ser punido daquela forma? Ele teria que lidar com dois, DOIS tratantes ao mesmo tempo? A diferença da Millenium Falcon para aquele caça-estelar N1 é que apesar do caça ser mais velho não estava caindo aos pedaços como o cargueiro. Em contrapartida aquele mandaloriano tinha um mal gosto, que pelo amor... Armadura cromada, nave cromada, vai ver até a roupa de baixo dele era cromada também. Do jeito que a Galáxia era estranha... E aquele obcecado já estava deixando Grogu cromado ainda por cima.

Só entre nós nesse planetinha (DinLuke)Onde histórias criam vida. Descubra agora