Reencontro

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– Meu neto, como é bom ter você aqui, me perdoe as coisas ruins que disse e fiz você passar – o rei se aproximou do neto e deu-lhe um abraço, algo inusitado entre os faes.

– Obrigado, vovó. Agora preciso lhe contar sobre a minha companheira, que encontrei na festa que Pedro realizou.

– Aquela fadinha linda! Linda e geniosa. É de uma fêmea assim que o reino precisa ter como rainha. Mais uma vez eu lhe peço desculpas, meu neto. Pela maneira como tratei sua companheira.

– Está tudo bem, vovô. Agora só quero que ela volte. Obrigado, Rei Pedro, por nos ajudar – Agradeceu, Giryon.

– Você teria percebido, se não estivesse tão cheio de outros pensamentos na cabeça. Agora você aprendeu que um rei tem sempre que estar atento a tudo. Preciso ir, minha fêmea me espera e ela anda muito agitada por causa da gestação.

– Obrigado, Rei Pedro, por tudo. Você e sua família sempre serão bem vindos ao nosso reino. – Agradeceu o rei, honrando outro rei.

– Até breve! – Despediu-se Pedro.

– Até breve – respondeu Giryon, vendo Pedro passar por um portal.

– Agora, meu neto, sente-se com seu avô e conte tudo o que aconteceu aqui nos últimos dias e não me omita nada.

Giryon sabia que não poderia omitir o que fez com o reino, para o avô, mas acreditava, que no final, com tantas coisas boas que aconteceram, seria perdoado. Então sentou-se com o avô e começou a contar a história.

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No salão das nuvens

– Hanael, menino levado, você acertou em cheio! Como descobriu que Lucius passou lá pelo reino Fae? – Perguntou, Esperidião.

– É que eu não gosto de ficar aqui, assistindo tudo pela telinha. Eu gosto de ver tudo ao vivo e a cores. Foi assim que senti o lado obscuro de Lucius naquele lugar. – Hanael falou com humildade sem se gabar do que fez.

– Você fez bem Hanael tanto que estava no lugar, certo para responder rapidamente, quando o pai enviou a autorização para limpar o local. – Elogiou Aldeia.

– Será que agora poderemos descansar? – Perguntou, Espiridião.

– Acho que teremos trabalho para a vida toda com esses Híbridos ou pelo menos até a celebração de união do casal fae e a coroação. – Relatou Hanael.

– Então vamos passear pelas nuvens, vamos! – Chamou Acleia, já indo.

Giryon

A conversa com meu avô não foi fácil, ter que contar que adormeci o reino inteiro e facilitei a entrada do usurpador e depois que foi Jenneffér que acabou com a farra e tocou fogo no salão do trono e adjacências, me custou alguns cascudos e puxões de cabelo. Mas ele relevou e ficou feliz por eu ter encontrado minha fadinha.

Subi ao meu quarto, agitado, pois já tenho que me arrumar para o banquete e minha fadinha ainda não voltou. Estou tirando a roupa para entrar no banho e ouço batidas na porta. Que hora inoportuna! Vesti o robe e fui atender, abri a porta e a serva de minha companheira está na porta.

– Desculpe incomodá-lo, príncipe. Vim avisar que sua princesa voltou – disse a jovem, sorrindo.

– Obrigado, Nisve. Volte em meia hora – fui em direção ao quarto e nem bati.

Ao entrar, olhei todo o quarto e não a encontrei, mas ouvi murmúrios no banheiro, me dirigi para lá e entrei sem fazer barulho. Minha fadinha estava mergulhada na grande banheira de mármore, coberta de espuma.

Fúria VingadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora