30 - 𝐄𝐮 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐚𝐦𝐨 𝐝𝐚𝐧𝐜̧𝐚𝐫

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As gotas de chuva ficaram mais finas e mais finas. Mas eu não acordei até que tudo estivesse escuro. Não havia lua nem estrelas hoje só o céu escuro e nublado. Eu peguei meu celular para ver as horas, já se passavam das oito, nós tínhamos que voltar para casa.

Conrad ainda estava dormindo ao meu lado, com seu cabelo caído em seu rosto e soltando alguns roncos baixinhos.

"Conrad" eu chamei perto de seu ouvido bem baixo.

Mas ele pulou de susto quase me matando do coração.

"Maggie?! Mãe?!" Ele perguntou gritando

"Ei! Sou eu Connie" eu coloquei minhas mãos em seus ombros "Temos que ir para casa, está muito tarde"

Ele se levantou limpando uma babinha que havia escorrido pelo seu queixo e se sentou na cadeira de motorista.

Quanto estacionamos na porta da casa todos pareciam estar na cozinha, pois nenhuma outra luz da casa estava acesa. Eu desci do carro engolindo em cego e fui direto para porta, mas antes de entrar eu percebi que Conrad não havia me seguido. Então eu voltei até o carro.

"Você não vem?" Eu perguntei pela janela aberta

"Eu tenho que ir a um lugar" ele falou e sorriu para mim  "Não me espere acordada" então ele ligou o carro e foi embora.

Ao entrar na casa percebi que meu palpite estava certo, todos estavam na cozinha. Eu tentei passar direto para o quarto, mas minha mãe me viu.

"Maggie venha aqui!" Ela me gritou e eu desci os poucos degraus da escada que havia subido.

"Sim, mãe" eu fui até ela

"Onde você estava?" Ela perguntou

"Com o Conrad" Respondi olhando para ela

"Até agora?"

"Sim até agora" eu respondi seca

"Você passou a tarde inteira fora e não deu UMA notícia!" Ele quase gritou, mas eu nem me mexi, ele não ia ganhar isso.

"Caso você não tenha notado mãe, eu estou encharcada e preciso de um banho quente" eu falei sarcástica não estava com humor para minha mãe descontar um encontro ruim em mim.

Ao desviar os olhos pude ver os olhos de Jeremiah em mim ele estava com pena, queria me ajudar, mas não podia.

"Não fale comigo assim mocinha!" Ele falou mais alto
"Essa não é você filha que eu criei"

"Sinto por não ser a filha que você queria" eu falei sentindo as lagrimas vindo. Mas eu não iria chorar por ela. Não iria chorar por uma briga sem sentido algum.

Eu só queria que você se orgulhasse de mim

Eu olhei para ela e subi para o banheiro  tomei um banho demorado e muito bem merecido. Mas não pude parar de pensar que minha mãe não podia me tratar assim, eu não fiz nada, nunca fasso, mas ela sempre desconta tudo em mim.

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Ouvi quando ele chegou em casa. Acho que a casa inteira ouviu, menos Jeremiah, que conseguiria dormir até durante um tsunami.

Conrad subiu a escada, tropeçando e praguejando, bateu a porta e ligou o som bem alto.

Eram três da manhã.

𝐒𝐔𝐍𝐒𝐇𝐈𝐍𝐄 - 𝐂𝐎𝐍𝐑𝐀𝐃 𝐅./𝐉𝐄𝐑𝐄𝐌𝐈𝐀𝐇 𝐅Onde histórias criam vida. Descubra agora