Chapter Seven

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Ao chegar no "local" das tais batatas fritas, existia dentro de mim um conselho de Elouises, cada traço da minha personalidade discutia o motivo das minhas decisões terem me levado até ali.

Ele parecia nervoso enquanto dirigia, acho que tentava não transparecer o quão ruim era naquilo e quando chegou ao estacionamento do local que estava semi apagado, ele voltou a ser o Eddie, e rapidamente desceu do furgão, deu a volta e segurou minha mão depois de abrir a porta.

- Não é uma beleza?

Nesse momento, a Elouise germofonica gritou.

-Claro! Parece bem legal!

Caminhamos e ele abriu a porta do local para mim, assim que entrei, ele veio logo atrás e tocou meu ombro com um certo receio, me conduziu até uma mesa no canto, apesar de todas as outras estarem vazias e depois de sentarmos, um homem barbudo se aproximou.

-O que vão querer?

-O de sempre, vezes dois.

O homem rabisca no caderninho em sua mão e se afasta da mesa sem dizer nenhuma palavra.

-O que seria esse de sempre?

-Um combo de batata frita quase queimando e um milkshake de baunilha com uma cereja de procedência duvidosa.

-Bela escolha!

A Elouise com paladar infantil se manifestou contra minha fala.

- Então... Você e Harrington?

-Não, não mesmo. Só amigos.

-Dificil de acreditar.

-Pode acreditar, não mesmo, El é mauricinho demais.

-Então o seu tipo é outro?

-Eu não tenho um tipo. Mas e você? Tem alguém?

-Ja olhou pra mim? Tenho cara de quem tem uma namorada? Olha, isso foi um elogio.

Por algum motivo, aquilo me chamou atenção, alguma Elouise dentro de mim gostou da informação de que ele era solteiro e outra me repreendeu por ter dado um sorriso quando ouvi o que ele disse.

-Seu rosto tá melhor?

-Ah, sim, era só o Jason, não foi como se fosse a primeira vez que ele me ofendesse, mas foi a primeira vez que alguém me defendeu, então, obrigada.

-Ja disse, você teria feito o mesmo por mim.

-É, eu teria.

Um silêncio se instaura entre nós, mas não é desagradável, é confortável, apenas ficamos olhando um para o outro, e arrisco a dizer que um sorriso havia no rosto de nós dois, mas logo a conexão foi cortada, quando o mesmo atendente da outra vez jogou a porção de batatas sobre a mesa e os milkshake's escorriam para fora da taça e pingavam na mesa.

-Obrigada.

Agradeço e ele parece confuso, imagino que não receba muitos agradecimentos pelo serviço prestado.

-Como você quebrou o nariz do Jason?

-Com um soco.

-Ah, sério? Isso eu imaginei, quero saber como aconteceu.

-Ele bateu na minha bunda.

-Ele o que?

Ele parecia terrivelmente ofendido.

-Ele bateu na minha bunda, eu me virei e dei o soco mais forte que consegui bem na cara dele, até inchou minha mão depois.

-Acho que aquele babaca recebeu foi pouco! Devia ter batido mais.

A thousand tsurus and desire - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora