epilogue: part one

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1 anos depois...


-Onde ta essa maldita cerâmica? Será que minha mãe levou dá última vez que esteve aqui? Não é possível! É minha favorita!

Perto do natal do ano passado, em comemoração a minha mudança, meus amigos e família fizeram um chá de casa nova pra mim. A ideia foi de El e Max, que não demoraram a convencer Steve e Robin de ajudarem. Admito, eu realmente não desconfiei de nada e de fato foi uma grande surpresa. Todos estavam aqui, inclusive o Wayne, que se tornou parte da minha família depois de tudo o que aconteceu, ele não saiu do meu lado em nenhum momento, e foi fundamental para que eu mantivesse a sanidade.

Cerca de dois meses depois que perdemos o Eddie, eu decidi que sair de casa me ajudaria. Tio Hopper ofereceu o chalé e me ajudou a reformar. a mudança me permitiu ter autonomia, mas também me permitia ficar de olho nas movimentações do mundo invertido. Alguns bons metros atrás do chalé, ficava um campo aberto, onde era possível observar os mundos se fundindo, a vegetação em volta estava morta e por alguns meses isso avançou contra a cidade, agora havia parado, mas algo me dizia que não tinha sido o fim, Vecna voltaria e que voltasse, pois assim que se manifestasse, eu estaria ali, bem na cola dele para acabar com isso de uma vez por todas.

Um dia depois da mudança, Steve deu uma desculpa, disse que no meu estado eu não poderia lidar com poeira e bagunça. Ele reuniu uma força tarefa, que incluía todos os meus amigos: Robin, El, Max, Lucas. Dustin, Will, Mike, Joyce, Vicky, Nancy, Jhonatan, Erika e até mesmo o Wayne.

Fez com que minha mãe me levasse para um dia de mãe e filha, foi até divertido, mas a Elouise controladora estava maluca para voltar para o chalé e ver como eles tinham deixado tudo, eu tinha certeza de que mudaria tudo de lugar, e quando minha mãe finalmente me deixou ir pra casa, eu entrei procurando o interruptor para ver como a casa tinha ficado, mas quando acendi a luz dei de cara com todos na sala. Tinha balões e uma faixa escrito "bem vinda", tinha vários presentes e o sofá estava torto, mas eu decidi ignorar e aproveitar a noite, eu mudaria tudo de lugar no dia seguinte, já que só começava o trabalho na semana seguinte.

Um dos presentes dessa festa, foi um jogo de vasilhas de cerâmica em tons de verde oliva que Joyce escolheu pra mim. Eu amei! Elas se tornaram meu xodó e eu só as usava em ocasiões especiais. Essa noite eu tinha uma ocasião especial e não encontrava a maior delas em lugar nenhum.

-Droga! Será que eu mudei elas de lugar e não me lembro? Ultimamente tenho corrido mundo.

Abro um dos armários em baixo da pia dou de cara com a cêramica, a pego e coloco em cima da bancada, bem a tempo de ouvir o soar do forno avisando que os biscoitos estavam prontos.

-Muito bem!

Tiro os biscoitos do forno e com cuidado, coloco um por um na vasilha, deixo em um canto para esfriar e começo outra empreitada, recheando cupcakes.

Quando as coisas pareceram normalizar na cidade e o mundo invertido pareceu uma ameaça menor, uma das primeiras coisas que Lucas e Dustin disseram sentir falta, era das sessões de RPG do Hellfire, então, como uma maneira de sanar essa falta e de manter o Eddie sempre conosco, assumi o posto de mestre da mesa. Comecei a presidir as sessões e acabou se tornando um habito. Agora, toda segunda sexta do mês, todos eles vem aqui pra casa, inclusive Robin, Steve, El e Max, que acabaram tomando gosto pelo jogo. Nós jogamos uma campanha e eu programo para que elas durem tempo o suficiente, assim terminamos, eles dormem aqui e no sábado pela manhã, tomamos café todos juntos com o Wayne, onde ele sempre se mostra interessado em nossa última aventura.

O natal estava próximo e nessa sexta eu tinha planejado iniciar uma campanha com o tema natalino, passei semanas preparando as coisas e tudo estaria no tema, inclusive algumas das comidas que eu sempre fazia para acompanhar a jogatina.

A thousand tsurus and desire - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora