Chapter nineteen

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Musiquinha pra acompanhar a leitura de hoje eu deixei aí em cima! ❤️
Espero que pegue a referência de milhões! ✨

No início da música não parece que ele fala: "sete demônios juntaram os pé"?

Tio Hopper me ensinou a nadar. Eu tinha 5 anos e estávamos no clube, ele dentro da água, me chamando, e eu do lado de fora, tremendo como vara verde. Ele achou que eu sabia nadar e que só estava com medo da água fria, então ele me pegou no colo e eu cravei a unha nas costas dele como um gato assustado.
Ele não disse nada sobre eu não saber, ele me perguntou sobre a temperatura da água, depois me acostumou com ela, logo depois arriscou a me deixar sozinha, apenas segurando minha mão, quando eu me senti confiante ele começou a me dizer o que fazer, da primeira vez eu quase morri afogada, mas ele estava lá para me segurar. No final do dia, eu sabia nadar muito bem sozinha e ainda ganhei sorvete por ter sido corajosa.
Desde esse dia, sempre foi assim, quando eu estava me afogando, ele estava lá pra me segurar. Ele nunca me deixou sozinha.

Quando tinha 15 anos, ele foi a minha casa e jogamos uma partida de xadrez, ele ganhou e eu jurei que ganharia dele em todos os outros jogos, ele sugeriu que eu fizesse uma seleção de vários jogos para fazermos um campeonato e foi assim que surgiu as terças de jogos. Toda terça depois da aula eu ia para a delegacia e levava um jogo novo. O campeonato acabou, declaramos empate, mas a tradição continuou, era o jeito de sabermos um sobre o outro, sem ser com aquelas conversas constrangedoras de final de ano.

...

-Dustin, me empresta aquele seu jogo de cartas? Aquele que a tia Tina te deu no natal?

-Duas barras de Toblerone.

-Qual é? Você nem joga! E outra, eu enchi aquela caixa de doces no domingo, não é possível que não tenha.

-Eu precisava! Tinha que estudar pra uma prova.

-Sabe que ela sente cheiro de doce, né? Tem que tomar mais cuidado, ou nosso esconderijo vai por água abaixo.

Ele levanta da cama, joga a revista em quadrinhos que lia no chão e vai em direção ao armário.

-Pra que precisa do jogo?

-Vou levar pra jogar com o Tio Hopper depois da aula hoje.

Ele trás uma caixinha com as cartas e me entrega, a observo e com certeza ele nunca havia jogado, pois ela estava lacrada, do mesmo jeito que ele ganhou.

-Suas anotações antigas de química ainda estão no seu quarto.

-Estão, terceira gaveta da mesa perto da janela. Pra que precisa delas?

-Comparar com meu cálculos e ver o quão burra você é.

-Eu não vou te dar carona hoje.

Saio do quarto dele e desço as escadas, pego minha mochila no sofá e guardo a caixa com o jogo, passo na cozinha e pego uma torrada, pego as chaves e saio de casa, entro no carro e dou partida, ando alguns metros, suspiro sentindo ódio de mim mesma e dou marcha ré voltando para a porta de casa.

-Eu odeio não conseguir odiar aquele pirralho.

Buzino e ele sai de casa, entra no carro e me oferece um chiclete e eu aceito, saio da porta e o levo para a escola.

...

No intervalo, passo pela mesa dos meninos e pergunto por Eddie, eles não sabem dizer onde ele está, estranho um pouco mas assumo que não veio a aula, me sento com o restante do clube das babás e discutimos sobre uma possível viagem de formatura, só a gente, pra alguma praia ou algo tipo. Eu queria ficar animada com a idéia, mas simplesmente não conseguia. Até então eu não tinha contado sobre as visões e torcia para não precisar, mas se fosse algo, estava prestes a estourar.

A thousand tsurus and desire - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora