Chapter Eight

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—ACORDA! - dou um pulo com o susto que levei por conta do grito de Nienna

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—ACORDA! - dou um pulo com o susto que levei por conta do grito de Nienna.

Levanto a cabeça sonolenta, vejo ela parada na ponta da cama com os braços cruzados.

Depois do almoço de ontem, passei a tarde socializando com Thesan, Viviane, Marimar e Helion até cansar.

—Levanta, Majestade. - ela sorri sarcástica pra mim.

—Não. - simplesmente digo e enfio minha cara no travesseiro.

Escuto Nienna bufar e sair do quarto enquanto resmungava algo.

Com isso, tento novamente volta para meu sono, uma missão quase impossível.

Sabe... Acho que depois de passar muito tempo naquela maldição, começei a ficar com receio de dormir e não acordar mais.

Sempre que fecho meus olhos, sinto meu coração acelerar com a possibilidade de isso ser apenas mais um de meus delírios estranhos.

Tudo o que eu queria era apagar minhas memorias da época em que passei presa naquela maldição. Tantas coisas... Tantos mundos... Tantas vidas... Tanto sofrimento, tanta dor.

Andei por muitos mundos, vi várias pessoas, presenciei guerras e ditaduras, golpes e tudo mais. Teve até um mundo a qual atravessei sem querer, fiz uma boa amiga nele...

Vi um dos meus sobrinhos nascer, a peste do meu irmão teve filho e não conta nem pra irmã mais velha. Vi o que minha mãe criou depois de tantos anos... Vi o mundo dos humanos e outros se tornar o que é hoje.

—ACORDA MAMÃE! - Celestia passa como um bala pela porta.

Ela sobe na cama e se deita nas minhas costas, finjo que continuo dormindo para ver o que ela vai fazer. A mesma solta risadinhas e logo começa beijar minha bochecha.

—A-cor-da - ela me dava beijos estralados, sua boca estava melada com um tipo de calda doce.

Me viro de uma vez, derrubando ela na cama. Celestia soltou gargalhadas quando a fiz cócegas nela.

Celestia ria igual quando era mais nova. Ela odiava acordar cedo, então para tira-la da cama, eu fazia cócegas nela. Sempre funcionava.

—Para, mamãe. - ela pede ficando com o rosto vermelho de tanto rir.

—O que ela te ofereceu, estrelinha? - pergunto me levantando e amarrando os cabelos.

—A tia disse que não posso contar. - ela cruzou os braços e fez uma cara seria.

—Não vai contar nem se eu der um beijinho? - pergunto sorrindo de canto para ela.

—Não.

—Um doce?

—Não...

—Um feitiço novo? - ofereço sorrindo de orelha a orelha.

Ela me olha, seu olhos brilham em animação. Não demorou muito para ela pular da cama e correr até mim.

Uma Corte há Muito Tempo EsquecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora