Cedrico estava caindo degrau após degrau de pedra tendo tropeçado no topo, pulando em todos os níveis com uma nova explosão de dor até que finalmente, com um estrondo que tirou todo o seu fôlego, ele caiu de costas no chão. A sala inteira estava cheia com o som das vaias dos Comensais da Morte. Ele foi dominado por uma onda de exaustão avassaladora e abrangente. Ele não queria nada mais do que se enrolar e tirar uma soneca muito, muito longa.
Uma pontada de preocupação pelos outros passou por ele. A última vez que ele viu Gavin estava inconsciente, Cedrico só podia esperar que ele ficasse bem. Parte dele ansiava por comandar seus amigos, mas ele tinha que confiar que James poderia mantê-los seguros. Harry estava em algum lugar naquela sala, e naquele momento Cedrico se aproximou do som da voz de seu namorado.
"Deixe - deixe os outros irem, e eu darei a você!" Harry gritou desesperadamente.
Harry está lutando. Harry precisa de mim ao lado dele. Harry veio aqui por mim. Não posso deixá-lo lutar sozinho. Não vou deixá-lo lutar sozinho! Com um gemido, Cedrico se forçou a levantar.
Mais uma vez, a risada fria dos Comensais da Morte ecoou.
Ele se colocou de pé e levantou-se em toda sua altura, segurando a mão boa firmemente ao redor da madeira da varinha que havia sido entregue a ele. Não cantava com o mesmo calor de sua antiga varinha... a varinha que Bellatrix tinha quebrado... a varinha que ele comprou quando tinha onze anos... mas serviria.
Sua mão esquerda pendia frouxa na tipóia. O feitiço que Harry havia lançado era poderoso, entre ele e o dano no nervo ele não conseguia sentir nada na ponta do braço. Isso foi pelo menos melhor do que antes.
"Você não está em posição de barganhar, Potter," Lucius Malfoy falou lentamente. "Você vê, há dez de nós e só um de você... você está sozinho... ou Dumbledore nunca te ensinou a contar?"
"Ele não está sozinho!" Cedrico gritou, saindo das sombras do estrado para onde os outros estavam. Harry olhou de volta para ele, sua expressão em pânico, e Cedrico fez o seu melhor para dar a Harry um sorriso fraco. "Harry nunca esteve sozinho! Ele tem pessoas que o amam lutando ao lado dele!"
"Cedrico, não!" Harry estava gritando, chorando. "Saia daqui!"
Nunca, Harry. Nunca em um milhão de anos eu vou deixar você lutar sozinho.
Cedrico ergueu a varinha em sua mão e lutou. "ESTUPEFAÇA!" Um comensal da morte caiu no chão, outro levantou a varinha. "EXPELLIARMUS! IMPEDIMENTA! ESTUPEFAÇA!"
"PROTEGO!" Um escudo apareceu diante de Cedrico, pegando o fogo mágico de uma maldição. Por apenas um momento a batalha parou o olhar de Cedrico se conectou com o de Harry, e ele assentiu.
Lado a lado, eles lutaram.
"ESTUPEFAÇA!"
"EXPELLIARMUS!" "ESTUPEFAÇA!"
"Crúcio!"
Não.
Um grito rasgou o peito de Harry. Ele parou no meio do feitiço, caindo de joelhos, contorcendo-se em agonia. Cedrico se virou, horrorizado.
"Incarcerous!"
Cordas grossas se amarradas em volta dele, impedindo-o de se mover. E ainda assim, Harry gritou. Cedrico lutou, amaldiçoando os Comensais da Morte com cada palavra que sabia, mas estava... indefeso.
Bellatrix Lestrange passou a mão pelo lado de seu rosto, "Oh Ceddy..." Abruptamente, os gritos de Harry se dissiparam. "Estou tão perto de destruir você, abrir sua mente, não estou? Vamos ver quanto tempo você dura... a menos que Potter queira nos dar a profecia..."
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Amare: Amar Apesar Da Escuridão
Fanfiction"Amare Non Obstante Tenebris." Amar Apesar da Escuridão. O quarto ano de Harry em Hogwarts foi estressante, confuso e traumático. Mas nem tudo foi dor e tristeza. Depois que ele encontrou sua alma gêmea em Cedrico Diggory na noite da Terceira Tarefa...