Dos Jovens, o Passado e o Futuro

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Harry passou todo o dia seguinte temendo o que Snape iria dizer se descobrisse o quanto ele havia penetrado no Departamento de Mistérios durante seu último sonho. Com uma onda de culpa, ele percebeu que não havia praticado Oclumência uma vez desde a última aula. Desde que Dumbledore foi embora, muita coisa aconteceu, ele se deixou distrair. Ele duvidava que pudesse clarear sua mente naquele momento, mesmo que tentasse.

Ele tentou um pouco de prática de última hora durante as aulas naquele dia, mas não adiantou, Hermione continuou perguntando a ele o que estava errado e no meio das perguntas de revisão não era exatamente o melhor momento para se esvaziar de emoção para começar. No momento em que ele desceu as escadas para a masmorra de Snape, sua ansiedade estava se transformando em frustração e raiva confusa, deixando-o com a sensação de que poderia ficar doente a qualquer minuto.

Snape estava tão desagradável como sempre. Quando Malfoy chegou com uma mensagem de Umbridge chamando Snape, Snape disse a Harry que eles teriam que continuar a aula no dia seguinte. É claro que Malfoy tinha que saber a história para disfarçar porque Harry estava lá.

"Reforço em Poções?" Malfoy murmurou para Harry pelas costas de Snape enquanto saía da sala, sorrindo.

Fervendo, Harry recolocou a varinha dentro de suas vestes e fez menção de sair do quarto. Pelo menos ele tinha mais tempo para praticar antes que Snape invadisse sua mente novamente, embora o custo disso foi dar a Malfoy mais material para provocá-lo.

Não que Malfoy precisasse de ajuda nesse departamento. Quando a lista de alunos que iam para as entrevistas de Aprendiz de Curandeiro no St. Mungus foi postada na semana anterior, Malfoy percebeu que Cedrico estava na lista e zombou dele por isso. "Um trabalho para veados e fadas". Cedrico teve que impedir Harry de socá-lo.

Ele sentiu como se estivesse perto de perdê-lo, de quebrar completamente. Estava ficando cada vez mais difícil ignorar Malfoy, além de tudo, era demais...

Harry já estava na porta do escritório quando viu: um pedaço de luz trêmula dançando no batente da porta. Ele parou, olhando para ele... Então ele se lembrou; era um pouco como a luz que ele tinha visto em seu sonho na noite anterior, as luzes do segundo quarto que ele havia atravessado em sua jornada para o Departamento de Mistérios.

Ele se virou. A luz vinha da Penseira na mesa de Snape; o conteúdo branco prateado estava girando dentro dela. As memórias de Snape... coisas que ele não queria que Harry visse se rompesse as defesas de Snape acidentalmente...

Poderia ser alguma informação sobre o Departamento de Mistérios que Snape estava determinado a esconder dele? Que Dumbledore estava determinado a manter distância dele?

Você sabe por que eles têm que esconder isso de você... uma voz calma sussurrou.

Seria insano fazer a coisa que ele estava tão fortemente tentado a fazer... Snape poderia voltar a qualquer momento... mas Harry pensou no rosto zombeteiro de Malfoy, no sorriso satisfeito de Umbridge, e uma ousadia imprudente se apoderou dele.

Ele respirou fundo e mergulhou o rosto na superfície dos pensamentos de Snape. Imediatamente, o chão do escritório balançou, derrubando Harry de cabeça na Penseira... Ele estava caindo na escuridão fria, girando furiosamente.

 Ele estava caindo na escuridão fria, girando furiosamente

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Amare: Amar Apesar Da EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora