Capítulo 05

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 Monique

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Monique

A tempestade afetou a internet e as linhas telefônicas durante o dia. Só depois das oito horas, quando o sono me consumia, consegui entrar em contato com meus avós, que já estavam preocupados comigo por não ter atendido de manhã.

Vovô disse que tinha acabado de falar com a Espelho D'água. Sondei e entendi que mamãe e Dylan não admitiram o que fizeram, então tudo o que fiz foi afirmar a desculpa da chuva que eles deram.

Meu avô ainda estava se recuperando de uma cirurgia cardiovascular, não podia correr nenhum risco. Eu precisava poupar os dois de qualquer maneira.

Quando encerrei a ligação para falar com Joshua, recebi chamadas de um número desconhecido e logo descobri que era ele usando o telefone da esposa grávida. Sua felicidade ao lado dela era muito palpável. Ainda bem que a imposição do testamento os fez se encontrar. Meu irmão merecia muito amor e acolhimento depois de tanto trauma e sofrimento. E honestamente, eu não tinha o direito de lhe trazer mais problemas depois de estar vinte e dois anos ao lado das pessoas que o machucaram.

Eu estava exausta e desiludida comigo mesma. Por tudo. Abandonei meu único irmão no momento que ele mais precisou de mim, e além de não visitá-lo na prisão, fui estúpida o suficiente para não pensar que mamãe me tirou do Brasil justamente quando ele saiu daquele lugar.

Sentada na cama com os braços em volta dos joelhos, eu mantinha meus pensamentos distantes quando a criança cabeluda entrou silenciosamente no quarto e se sentou na beirada da cama. Toda quentinha em seu pijama de tecido grosso, ela carregava um livro fino nas pequenas mãos.

— Não vai dormir, Gabi? — perguntei enquanto endireitava minha postura e passava a mão pelo meu cabelo para afastá-lo do rosto.

— Vou sim. Papai me deixou dormir aqui para te fazer companhia.

— É impressão minha ou você está triste com isso? — Levantei a ponta do cobertor para acolhê-la.

— Não é isso, tia. É que meu pai conversou comigo e estou meditando nas minhas atitudes. — a criança se sentou abraçando o livro, depois enfiou as pernas no cobertor, abaixou a cabeça e completou: — Eu não posso ser tão acelerada com problemas sérios da vida adulta.

— Ahn... — Abri os lábios para dizer alguma coisa, mas me vi sem palavras e frustrada pela falta de experiência em lidar com crianças. — Esse... livro é para a história de ninar que você mencionou? — perguntei entre tosses e ela piscou os dois olhos ao mesmo tempo, assentindo.

— Se a senhora estiver muito cansada, tudo bem. Não quero incomodar.

— Não, não, eu realmente quero fazer isso. Já estou bem melhor. — Prendi meus cabelos atrás das orelhas. — Venha. — Virei o rosto rapidamente para tossir. — Você pode deitar. — Abri mais espaço no cobertor.

— Obrigada, titia. — Gabriela deitou a cabeça no travesseiro e me olhou profundamente, como se esperasse tudo de mim.

— God, look at you... (Deus, olhe para você...). — Já fora do controle emocional, senti meus olhos nublarem.

A herdeira e o viúvo Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora