Capítulo 14

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Monique

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Monique

Com o cabelo úmido e vestida com um macacão curto da minha cunhada, sentei-me na cama enquanto Joshua entrava no quarto com Ravi. Eu estava treinando para me mostrar forte na frente deles, mas só de vê-los tão perto, meus lábios tremeram e a dor no fundo do meu peito quis me rasgar novamente com a necessidade de chorar.

— Estou bem agora. — Com um sorriso rebuscado, deixei descansar minha mão enfaixada, estendi a outra como uma criança procurando colo, mas recuei quando os homens tatuados colidiram duas vezes na tentativa de me alcançar primeiro.

— Vá, Josh. — Por fim, Ravi deixou meu irmão passar na frente.

— Você parece ainda mais sem energia. — Joshua chegou um pouco cauteloso, a mão esfregando a nuca.

— Foi o remédio que tomei na veia. Mas a consulta com o psicanalista me ajudou muito.

— Minha mulher conhece médicos de primeira linha.

— Yuna é um amor — eu disse, encantada com o brilho cuidadoso em seus olhos.

— Ela também é intelectual, nasceu dondoca como você e está vivendo bem comigo. Aqui você pode ter tudo de bom e melhor. Peça e será providenciado. — Olhou para trás. — Maldito nervosismo — sussurrou para o amigo, fazendo meus lábios sorrirem espontaneamente.

— Onde está meu abraço, Joshua? — suspirei.

Ele me olhou com ternura, depois esfregou as mãos na calça jeans, afofou o colchão ao meu lado, sentou-se e só tive tempo de afastar minha mão doente. Fui envolvida em um aconchego tão apertado que me roubou o ar.

— Você finalmente está aqui e sua mãe foi presa. É muita coisa boa acontecendo em um único dia — ele comentou enquanto me estrangulava no abraço.

— Mamãe foi... presa? — solucei e ofeguei na tentativa de respirar.

— Sim, mas entenda como uma libertação para todos. Aquela filha da puta se livrou de um acerto de contas comigo e Yuna vai me ter por perto quando nossa filha vier ao mundo.

— Josh... — A voz de Ravi ecoou baixo, em advertência.

— Não sou de medir consequências quando estou com o sangue quente. Ela ter levantado as mãos rançosas para bater em você é o suficiente para perder os dois braços...

— Joshua! — Ravi exclamou.

— Droga, eu realmente não sei como dizer a coisa certa. — Ele finalmente me deixou respirar e passou as mãos pelo meu cabelo, alisando, enfiando os dedos pelos fios úmidos em uma tentativa de acariciar. — Esse seu olhão branco foi a primeira coisa mais perfeita que vi depois do sorriso da minha mãe. Azul, não é? Como o céu no início de um dia ensolarado.

— Sim, azul bem suave. Como o céu iluminado pelo sol — confirmei e ele esboçou um leve sorriso.

Como alguns na linhagem de nosso pai, meu irmão vivia em um mundo preto, branco e cinza. Joshua nunca reconheceria as cores através dos olhos. Na literatura médica não existia remédio, tratamento ou procedimento para seu distúrbio. Lembrar que ele era o filho legítimo e eu sempre fui a privilegiada, até pela genética, me trazia culpa e mais tristeza.

A herdeira e o viúvo Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora