A herdeira e o viúvo

Capítulo 08

Meninas, vocês são maravilhosas, estou terminando, mas ainda preciso de pelo menos 25 dias para uma data. Após o lançamento teremos aquela maratona gostosa até o final que vocês já conhecem. É que estou voltando o tempo todo para fechar pontas pequenas, até tive que mudar algumas coisinhas no livro da Yuna e do Joshua e vou acrescentar 3 capítulos no dia do Lançamento do Ravi e da Monique.

Segunda já envio a metade para a primeira revisão de Português.

Esta primeira parte do livro foi de 10 capítulos para genuinamente aproximá-la da família dele e envolvê-los nessa paixão avassaladora que logo se tornou amor incondicional.

Tudo no lugar, poderemos aproveitar o fogaréu por mais capítulos hehe.

Beijos.

Duas das 3 ilustrações já estão prontas e ficaram lindas ♥️

Boa leitura.

Monique

No domingo de manhã fiquei abalada após um sonho lúcido que me fez acordar sem fôlego e com dores por todo o corpo, principalmente na parte inferior do abdômen.

No início do sonho as imagens vieram borradas como um raio de luz. Eu não conhecia o lugar, mas sabia que ainda era uma garotinha e podia sentir como se algo frio deslizasse pelos desenhos dos meus seios sem nenhuma formação. De lá fui jogada em um dos celeiros da Espelho D'água, onde me vi adulta, deitada no feno com pesadas correntes apertando dos pés ao pescoço. Dylan e mamãe estavam na minha frente. Ela com as mãos ensanguentadas, segurando um bebê recém-nascido pelos pés, dizendo ao homem para enterrá-lo antes que o choro pudesse ser ouvido.

Foi aterrorizante suportar as cenas se repetindo como um filme em minha mente, mas optei por não deixar a angústia transparecer. A decepção de ser traída pela pessoa que mais amei na vida deixou um vazio específico no meu peito, e eu tinha que trabalhar duro para preenchê-lo com sentimentos saudáveis antes que a tristeza sem fim tomasse conta de tudo. Foi terrível conviver com isso no passado, não queria reviver agora, com motivos concretos me perseguindo até em sonhos, esperando qualquer oportunidade para me empurrar de um precipício.

Depois do café da manhã, na sala, dancei com a vovó ao som de Elvis Presley, depois brincamos de bonecas com Gabi, então recebi umas bengaladas nas costas que me fizeram correr para a cozinha, onde tentei ajudar no almoço, mas só consegui fazer uma papa de arroz branco, que foi substituído por um rápido improviso da dona Bruna.

Ravi evitou ficar sozinho comigo a todo custo e até me repreendeu duramente quando esbarrei com ele na porta do escritório e apertei bruscamente sua cintura na tentativa de não me esborrachar no chão.

Gabi, que estava brincando comigo de pega-pega, não entendeu o nervosismo do pai e o questionou inocentemente. Quanto a mim, apenas balancei a cabeça pedindo desculpas e o deixei sozinho por um tempo na companhia de seus próprios conflitos. Eu estava apaixonada, e certamente tinha conseguido esclarecer tudo para ele. Agora era hora de enfrentar as consequências de querer um homem maduro e aprender a trilhar aquele longo caminho que me separava de suas sólidas convicções.