42º Não chora

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FINN POV

-Eu não posso te perder, não de novo.

Eu ainda estou na mesma posição, cabeça baixa olhando para nossas mãos entrelaçadas e mais lágrimas caem de meus olhos. Até que sinto uma mão apertando a minha.

- Não chora Finnie, eu estou aqui agora- Depois de dias escuto a única voz capaz de me acalmar, a voz que queria tanto ouvir. Sua voz está baixa mas ainda me reconforta da mesma maneira.

Sinto um alivio imenso e começo a chorar, parece que finalmente voltei a respirar. Direciono meu olhar á ela e seus olhos estão abertos e eu consigo ver um sorriso em seus lábios, mesmo com tantos aparelhos conectados em todo seu corpo.

- Mills!- Digo e com a mão que não estou segurando sua mão faço carinho em sua bochecha aonde não tem aparelho. Não consigo conter minhas lágrimas.- Eu te amo, Millie, eu sempre te amei desde o dia que te vi na sala da madre e vc me chamou filhinho de papai, te amo muito minha estressadinha.

- Eu tbm te amo Finn- Então sinto ela acariciando minha mão com a ponta do polegar e uma lágrima escorre de seus olhos. – Eu consegui... Eu voltei para você.- Diz ela ainda com um pequeno sorriso no rosto.

- Claro que vc conseguiu, vc é a pessoa mais forte que eu conheço, eu tive muito medo de te perder, Mills. Mas não chora, eu estou com você e nada vai te acontecer.

- Faz muito tempo?

- Fazem quatro dias...Vou chamar uma enfermeira para te ver- Então eu solto sua mãos- Eu te amo, eu já volto.

Vou correndo em direção á porta que vai para o corredor e começo a gritar para alguma enfermeira vir.

- ELA ACORDOU, A MILLIE ACORDOU!! – Então três enfermeiras vem correndo e o pai da Millie se aproxima correndo.

- Minha filha! Graças a Deus- Diz Daniel chorando de emoção e se aproximando da Millie- Meu amor vc voltou, tive tanto medo de te perder.- Diz ele beijando sua testa.

- Oi pai. Eu estou aqui. – Diz ainda baixinho.

Eu continuei no quarto mas não consegui me aproximar muito, pois as enfermeiras estavam tirando alguns aparelhos e checando alguns coisas. Mas eu vi os olhos da Millie procurando algo então eles me encontram e ele dá um sorrisinho.

- Eu estou aqui, não vou sair- Digo para acalma-la.

Depois de um tempo as enfermeiras finalmente saíram do quarto e eu e o pai da Millie nos aproximamos.

- Eu fiquei com tanto medo de te perder minha filha, foi o momento mais desesperador da minha vida. Como você está se sentindo, está com alguma dor?- Pergunta seu pai preocupado e eu apenas pego em sua mão novamente e apenas fico a observando.

Isso é tão reconfortante.

- Estou com um pouco de dor no corpo e minha barriga dói, mas não precisa se preocupar, eu vou ficar bem- Diz ela encarando seu pai e fazendo carinho em minha mão.

- Eu sei que vai- Diz seu pai.- Nós estamos com você.- Então o pai da Millie me encara e depois olha para a Millie- Eu vou ligar para a madre falando que você acordou e avisar seus amigos, eles também estão preocupados, vou deixar vocês sozinhos por um tempinho, mas eu já volto.

Ele dá um beijo na testa da Millie, ao chegar na porta, dá uma ultima olhada para ver se está tudo bem e sai da sala.

- Você tem certeza que é só isso mesmo? Você quer que eu chame alguma enfermeira?- Pergunto preocupado tirando um fio de cabelo que estava em seu roto.

- Na verdade tem uma coisa sim. – Diz ela e eu fico preocupado.

- Você está com dor? Quer que eu chame alguma enfermeira?

𝐄 𝐌𝐄𝐒𝐌𝐎 𝐀𝐒𝐒𝐈𝐌... ~ 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora