capítulo 008🤍

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Bárbara

Eu o senti antes de vê-lo.

Seu perfume sedutor me envolveu quando se aproximou das minhas costas, mal tocando, mas ainda muito perto.

— O que você quer, Coulter? Hoje não foi o suficiente para você? — Eu perguntei com um suspiro pesado.

Não foi um bom dia, não depois da brincadeira idiota que o Victor me fez. Meu cabelo molhado estava encharcando as costas da blusa da Berkshire, o material macio grudando na pele. Eu estava irritada e absolutamente exausta. Mais uma aula e depois era o fim de semana. Dois dias felizes sem o Victor.

— Parece que você conseguiu lavar o cabelo.— Ele riu de sua própria piada esfarrapada.

— Desculpe pelas penas, mas foi uma vingança. Não seja tão mal-humorada, Garcia. Mas você pode ser uma bunda doce, no entanto. Eu como.

Eu girei e nivelei o babaca com um olhar.

— Você acha que colar penas no meu cabelo é engraçado?

Eu queria estrangulá-lo e seu rosto estúpido e sorridente.

— Não exagere. Eu não usei cola. Eu usei água e penas. Simples e inofensivo. Enfim, você parecia fofa com uma cabeça de ninho.

O Sr. Bundão aqui colou, oh espere, erro meu, grudou penas no meu lindo gorro com farinha e água. Então, naturalmente, quando coloco meu gorro, todas as penas pegajosas são transferidas para o meu cabelo. Não, não olhei para o meu gorro antes de colocá-lo. Quem faz isso, afinal?

Minhas mãos se apertaram e soltaram quando respirei fundo e segurei um rosnado. Victor esfregou a mandíbula e contra a minha própria vontade, notei que seu rosto estava curando bem. Seus hematomas eram quase imperceptíveis e seu olho esquerdo não estava mais inchado, preto e roxo.

Ele voltou ao seu eu sexy e irritante. Deus me dê paciência.

Victor fechou meu armário, se encostando nele como se fosse o dono da coisa. Eu dei a ele um olhar vazio, esperando que isso acabasse. Os corredores estavam vazios, exceto por nós dois.

— A brincadeira de cabelo rosa? Essa foi realmente uma boa, vou te dar o crédito. As penas foram uma vingança pelo cabelo rosa que você me deu.

Ah, o cabelo rosa. Alguns dias atrás, depois que o Victor deixou um plugue anal no meu armário, "um presente", como ele havia escrito em sua nota, decidi retaliar. A necessidade de vingança era forte e fácil. Eu entrei furtivamente no vestiário, enquanto a Lara mantinha a guarda do lado de fora. Encontrei seu armário pessoal e troquei seu xampu por tintura de cabelo rosa temporária.

— Pó de mico, no entanto? Fraco 'pra' caralho, Garcia.

— Foi um lembrete.

Ele arqueou uma sobrancelha, esperando eu explicar.

— É o que acontece quando você fica com putas. Você acaba com o pau coçando. Além disso, foi um lembrete de que não sou alguém com quem você possa brincar. Lembre-se disso da próxima vez que você me propor sexo como uma prostituta paga.

— Foi um bom pensamento, exceto... não preciso pagar alguém por sexo. Meu nome vem com um rótulo, baby. Victor-Coulter-vai-te-foder-tão-duro-que-você-verá-estrelas.

— Onde você encontrou essa definição? Dickpedia?

— Se você pesquisar na Dickpedia a palavra orgasmo, encontrará meu nome.

Revirei os olhos, enquanto mentalmente escondia o rosto em minhas mãos. Por que me incomodei em ter uma conversa com ele? Era completamente inútil. A única coisa que saia de sua boca era sexo, sexo e mais sexo. Ou algo completamente idiota.

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