Capitulo 033🤍

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Bárbara

Meu corpo estava em chamas. Lutei contra um arrepio e meu pulso palpitava na garganta. Suas mãos viajaram pelos meus braços, lentamente... demorando, como se estivesse memorizando cada centímetro da minha pele exposta.

Seu toque era tão suave, tão leve, mas parecia que ele estava escrevendo uma palavra, pintando uma imagem ou tocando uma música na minha pele. Minha respiração ficou presa e meu coração disparou, tropeçando em si mesmo, porque não poderia mais bater em um ritmo normal.

Nossos olhos se conectaram através do espelho até chão. A intensidade do seu olhar fez meu estômago dar um salto louco, e minhas coxas tremeram.

Victor usava uma camisa preta sem mangas, os músculos de seus braços à mostra, e eles se apertavam e contraiam a cada movimento que fazia. Todo o seu corpo era uma obra de arte. Eu usava uma blusa e shorts confortáveis o suficiente para dançar.

Seus olhos ardiam com algo que eu não conseguia ler, escuro e intenso.
Amigos, eu disse a mim mesma. Nós somos melhores amigos. Mas amigos não se olhavam como nós. Os últimos cinco dias foram uma doce tortura.

Doce porque eu passava todas as horas com Victor. Tortura porque eu passava todas as horas com Victor. Dançando... Tocando... Respirando tão perto dos lábios um do outro... Mas lembrando a mim mesma que precisava me afastar.

Recusei-me a reconhecer o que estava sentindo. Era proibido. Ou talvez eu realmente não tenha compreendido minhas próprias emoções rebeldes.

Por que meu corpo reage da maneira que faz quando Victor está perto?

Por que meu coração dói... quando ele está machucado?

Por que meu estômago lateja quando ele está me tocando?

Nós somos amigos, não somos?

Ser qualquer coisa além de amigos poderia arriscar o que tínhamos nos últimos três anos, e o que quer que tivéssemos, era bonito do jeito que era.

— Babi?

Sua voz, um timbre profundo que viajou pelo meu corpo até os dedos dos pés, me trouxe de volta ao presente.

— Você acabou de pisar nos meus pés. — Ele murmurou, sua respiração contra a ponta do meu lóbulo da orelha.

Eu rapidamente me desculpei e voltei para a posição em que deveria estar. Nossos olhos se encontraram e eu movi meus quadris contra os dele. Ele seguiu meu movimento, e seu aperto aumentou em minha cintura, seus dedos quase cavando a minha carne, e não parecia que ele tinha notado.

Nossa diferença de altura tinha a curva da minha bunda na sua virilha, e meus olhos se fecharam, minhas bochechas queimando de vergonha e... Outra coisa.

Victor emitiu um som no fundo da garganta e eu olhei para ele através do espelho. Seu rosto endureceu e seus olhos ficaram mais escuros, suas pupilas dilatando.

Ele agarrou meus quadris e me girou, me pegando de surpresa. Ele me puxou para mais perto, nossos corpos se chocando. Sua mão deslizou sobre minhas coxas nuas, exatamente onde o short terminava, e ele lentamente levantou minha perna esquerda, enganchando minha coxa em torno de seu quadril, fogo percorreu minhas veias.

Victor me abaixou e seu calor passou pelas minhas roupas até meus ossos.

— Você parece um pouco vermelha, Garcia. — Ele murmurou.

— Estou muito quente para você?

Ele me puxou de volta e meu coração bateu forte no peito. Eu me virei e revirei os olhos, tentando parecer indiferente às suas observações estúpidas e sua proximidade.
Victor riu baixo, seu peito vibrando com o som, e eu senti a vibração contra minhas costas.

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