Capítulo 029🤍

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Bárbara

Três anos depois

Bati meu pé no asfalto, esperando Victor aparecer. Enviei uma mensagem para Lara, informando que me atrasaria para o jantar.

Ela estava cozinhando hoje à noite, seu infame prato de ravioli. Estávamos comemorando, desde que ela terminou sua tese na noite passada.

No momento, estávamos no meio do segundo semestre do nosso terceiro ano em Harvard.

Enquanto eu havia sido aceita em Harvard para Química, Lara estava estudando Sociologia. Ela estava planejando fazer uma pós-graduação em Direito Penal.
Arthur estava estudando Estatística, enquanto Victor estudava Administração, embora quisesse seguir uma carreira no futebol.

Se formar em administração de empresas em Harvard era apenas para apaziguar seus pais, embora ele dissesse que gostava disso. No final do dia, o futebol era onde seu coração pertencia e ele era realmente bom nisso.

Eu ainda não conseguia acreditar que fazia três anos e meio desde aquele dia na cafeteria — o dia em que derramei meu café sobre Victor, e o resto foi história. Tentei pensar em quando o odiava, mas embora fôssemos inimigos por um curto período, nunca o odiei verdadeiramente. Claro, eu tinha desprezado sua atitude arrogante e maldade, mas não era ódio.

Talvez tenha sido essa a razão pela qual foi tão fácil passarmos de inimigos a amigos e então, para melhores amigos. Uma estranha reviravolta do destino, daquele dia até agora, quase quatro anos depois.

Houve um tapa na minha bunda e revirei os olhos, sabendo muito bem quem era.

— Você tem que parar de tocar na minha bunda, Coulter. — Eu avisei. Ele riu e andou ao meu redor, revelando o seu eu glorioso.

Muita coisa mudou em três anos. Victor por exemplo, estava maior. Ele já era musculoso no ensino médio, jogando futebol e malhando, mas agora ele tinha músculos extras!

Seus ombros eram meio tamanho maior do que antes e agora duas vezes o tamanho dos meus. Os seus bíceps estavam inchados, os braços cheios de veias e músculos. Ele encheu a camisa preta que vestia, o tecido esticado sobre o peito largo.

Ele tinha um abdômen definido antes, agora estava super definido. Seus abdominais estavam duros e delineados. Meus dedos coçavam com a memória de tocá-los. Eu já o vira sem camisa inúmeras vezes e assisti seu progresso do Victor de dezessete anos, para ele de vinte.

Eu? Eu ainda era a mesma. A mesma altura, o mesmo peso... ainda uma anã comparada a Victor, e ele tinha um grande prazer em me lembrar desse fato toda vez que me manipulava e me colocava onde queria.

Seus olhos  brilhavam à luz do sol. Ele me olhou de cima a baixo, seu olhar demorando nas minhas pernas nuas.

Eu usava shorts jeans desfiados na barra e uma camisa preta de mangas compridas com uma jaqueta de couro marrom por cima e botas no tornozelo. Era março e o tempo estava um pouco mais quente que o normal. Para nossa surpresa, a primavera chegou mais cedo este ano.

— Meus olhos estão aqui em cima, Victor. —Provoquei.

Ele me olhou carrancudo e eu lutei contra um sorriso. Coloquei minha mão na bolsa e puxei o carregador do telefone.

— Aqui está. Obrigada por me deixar usá-lo.

Entreguei-lhe o carregador e acenei para ele ir.

— Verei você hoje à noite. Você vai se atrasar para sua próxima palestra. Vá!

— Eu sempre venho em seu socorro. — Ele deu um leve sorriso e fez uma continência, enquanto começava a andar de costas.

— Sempre ao seu dispor!

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