Capitulo 018🤍

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Bárbara

Uma mão firme pousou em minha bunda, apertando a carne macia como uma bola de estresse pessoal. O calor do seu corpo irradiava contra as minhas costas e o cheiro familiar e picante de sua colônia encheu meu nariz.

— Tire suas mãos da minha bunda. Somos amigos, Coulter.

Quando ele não soltou, dei uma cotovelada nele, e ele soltou um pequeno gemido. Victor veio para o meu lado enquanto caminhávamos para a nossa aula de inglês.

— Espere, pensei que você quis dizer amigos com benefícios. Porque esse é o único tipo de amigos que me interesso.

Revirei os olhos. Terceiro dia como amigos e  Victor ainda era um idiota. Um idiota um pouco suportável, mas ainda um idiota. Aparentemente, ele não conseguia entender o conceito de apenas amigos e ainda estava tentando aprender.

Bem, eu realmente não poderia culpá-lo, pois ontem ele me pegou olhando seu pacote novamente. Ele não disse uma palavra, mas seu sorriso estúpido foi suficiente.

— Não. Eu quis dizer amigos normais. Você respeita meus limites, e eu respeito os seus. Pare com todos esses toques.

— Então, você quer dizer que eu não posso te bater contra a parede e te foder?

Doce Jesus, me ajude, ou vou matar esse cara. Exasperada, dei-lhe um olhar que dizia tudo.

— Esse é o oposto de amigos, Victor.

— Bem, isso é decepcionante. Você viu o quão bom eu sou no campo, mas estou ansioso para lhe mostrar o quão bom eu sou empurrando.

Havia um brilho de travessura em seus olhos, e meus lábios tremeram. Ele estava sendo irritante de propósito, o idiota. Claro, ainda estávamos tropeçando nessa nova coisa de amizade, mas não estava tão ruim. Pelo menos, não encontrei mais baratas em meu suéter hoje e nenhum vibrador rosa para Victor.

Como esperado, quando entramos na aula da Sra. Levi, todos os olhos estavam em nós. A atenção me deixou tensa, mas com Victor constantemente ao meu lado, estava começando a me acostumar.

As pessoas sempre olhavam, afinal, Victor era o centro das atenções. Ele adorava, praticamente se alimentando disso.
Seu peito inflou como um pavão orgulhoso, os olhos brilhando e seu sorriso marcante estampado nos lábios carnudos. As meninas bajulavam e os caras queimavam de ciúmes.

Agora que eu estava do lado do Victor, mais como ele me manteve ao seu lado o tempo todo, virávamos cabeças onde quer que fôssemos. As pessoas assumiram que estávamos fodendo, e eu era sua última conquista. Alguns disseram que eu era sua namorada.

Ninguém acreditava que éramos apenas... amigos.

Até a Lara suspeitou no começo, mas ela finalmente entendeu a natureza do nosso relacionamento quando Victor roubou minha maçã, e em vingança, borrifei ketchup em sua virilha. Infantil e estúpido, certo?

Mas havia algo sobre Victor que me fazia sentir... despreocupada.

Dispensei a primeira fila e segui Victor até o fundo da sala de aula, onde ele sempre se sentava. Instalando-me ao lado de Victor, que me colocou no meio dele e de seu amigo, dei a Arthur um aceno de saudação.
Ele sorriu e bateu os punhos com Victor.

— A escola toda está comentando.

Meus lábios se apertaram em uma linha reta.

— Eles precisam parar de fofocar.

— Esse é o trabalho deles. Fofocar! — Victor disse com um sorriso preguiçoso.

— O que há de tão ruim em ser minha namorada, Garcia?

— Porque eu não sou.

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