Capítulo 17 - Um novo ballet

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(O capítulo abaixo contém 91 páginas Word, boa sorte!)


Oi, eu sou a Liz, tem o Miguel aqui também, somos filhos do Papai Edu e do Papai Tomás, nós amamos muitos eles, têm meu papai Filipe, Papai Edu fala que ele é o nosso anjo

- O que a gente escreve agora, Miguel?

- Num sei, é, bota assim:

- Ei!

- AAAAAAAh! – Os dois gritaram de susto.

- Posso saber o que os dois estão fazendo aí? – Falei enquanto secava os cachos do meu cabelo, e sorrindo pras duas coisinhas mais lindas da minha vida, meus filhos!

- Pai é que a gente tava escrevendo, que nem você! – Miguel disse me olhando, dava pra ver que estava com medo, mas corajoso!

- Ta bom, mas sabem que não pode, que tem o computador de vocês, né? – Falei e ambos concordaram com a cabeça.

- Ah, vocês estão aí – Beth apareceu – Me disseram que iam tomar banho, vieram pro computador!

- Vocês tão mentindo, é? – Perguntei mais sério.

Os dois saíram correndo do quarto.

- São duas figurinhas! – A tia-avó babona falou.

- Ai Beth, nem fala – Falei olhando pro computador – O Edu logo vem buscar eles, me ajuda a arrumar eles? Preciso terminar umas coisas.

- Claro, vai lá, gostosão! – Ela disse e dei uma piscadinha – Crianças, não desçam a escada correndo hein!

Dei risada e voltei ao computador.

*

Não, eu não morri! Acho que o que aconteceu comigo foi um reiniciar, igual fazemos com o computador, não sei explicar, sei que aquele dia seria o dia da minha morte, eu sabia isso! Como muitas pessoas já me contaram, seu amigo, mãe, pai, avó, até cachorro, passou a ficar diferente e agir como se soubesse que iria morrer no dia que morreu, mas comigo foi diferente, milagre! Dizem que milagre não se explica, se vive!


*


Eu acordei, foi louco, mas eu acordei e eu me sentia diferente, eu posso jurar que meu sangue corria mais forte, eu até via melhor, e acho que fui acordado, Liz e Miguel estavam na minha frente, os pais dormindo ainda, eles saíram do colo deles e vieram pra cama, ao me ver os dois sorriam, como anfitriões que esperam uma visita, e vieram na minha direção, Miguel era muito dado, mas Liz não, fiquei surpreso demais, e ainda não conseguia assimilar e acreditar no que estava acontecendo!

Eu tocava meu corpo, me beliscava, prendi rapidamente a respiração, tudo pra ver se eu ia acordar, mas era de verdade! Eu estava vivo!! Vivo!! Minha nossa, eu não acreditava, a medida que a ficha ia caindo eu abraçava meus filhos, que apenas sorriam e devolviam o abraço, começaram a falar comigo, Miguel estava contando uma história, e Liz batia os bracinhos toda alegre.

Não sabia se acordava meus... Ops, o que eles eram meus agora? Eu tive vontade de dizer namorados, mas não éramos, é que depois de tudo que eu disse no dia anterior, não tinha como eu ignorar... sorri, e ri depois. Bem, isso eu ia descobrir com eles! Mas eu não sabia se acordava eles ou não, acho que seria meio louco pra eles se eu os acordasse, decidi que deixaria eles serem despertados por eles mesmos.

Fiquei rindo, brincando e conversando com meus filhos, acho que depois de mais de meia hora que os dois começaram a se mexer, Eduardo primeiro, foi se espreguiçando, com a cara amassada, se mexendo na cadeira, meio que reclamando da dor, até que me viu.

DE AMIGO PARA NAMORADO  - LamentosOnde histórias criam vida. Descubra agora