VII- conselhos e cachorros

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Automaticamente sorri quando abri a janela e me deparei com o sol brilhando, um clima nem um pouco comum naquela época. A sensação dos raios de sol invadindo meu quarto somado com o alívio de acordar sem dor de cabeça pela primeira vez em dois dias somada era, sem dúvidas, uma das melhores do mundo.

Assim que meus olhos se acostumaram com a claridade, me virei e peguei meu celular no criado mudo. Não me impressionei nem um pouco quando vi as mil e uma mensagens de Zayn pairando na minha tela de bloqueio, esperando para serem respondidas.

zee: alo louis
zee: looooouuuuisssss
zee: alo são onze da manha ta afim de acordar?
zee: qnd acordar me liga por favor

Não pude evitar a risada que escapou dos meus lábios.

Zayn tinha esse costume de acordar cedo todos os dias, enquanto eu preferia dormir até o mais tarde possível. Toda vez que eu dormia em sua casa ou ele na minha, a hora de acordar sempre gerava múltiplas discussões, a maioria delas girando em volta de como eu deveria acordar mais cedo para aproveitar o dia e acabando com uma almofada voando na direção do rosto do meu amigo.

Acessei o aplicativo do telefone e busquei o contato dele, selecionando a opção de ligar assim que o encontrei.

- Resolveu acordar, bela adormecida? – A voz do outro lado do telefone disse assim que atendeu a ligação.

- Nem começa, Zayn. Acabei de abrir os olhos. – Respondi, desejando mentalmente que uma almofada pudesse atravessar a linha de telefone e o atingir no nariz, assim como todas as outras vezes.

- Pela sua voz, dá pra ver que acabou de acordar mesmo. – Ele rebate, rindo da minha resposta.

- Desembucha, besta. – Digo enquanto bocejo.

- Hoje é dia de passear com Holmes, e eu sempre vou naquele parque que tem aí perto da sua casa, certo? – Ele começa. – Eu sempre vou sozinho, mas dessa vez eu realmente preciso conversar, tem algumas coisas me incomodando e você é o único que eu posso conversar. Se você quiser ir, estou te chamando para ir comigo.

Sem nem pensar duas vezes, respondi que iria. Se Zayn precisava tanto assim conversar comigo, não poderia negar isso de jeito nenhum. Era minha função como melhor amigo estar ali por ele.

- Perfeito! – O garoto exclama do outro lado do telefone, sem nem tentar esconder a animação. – Vou andando até a sua casa, em meia hora eu chego e a gente vai até o parque.

Concordei, ainda pensando devagar por causa do sono e desliguei o telefone logo em seguida.

Após criar muita coragem, me levantei da cama e me troquei, colocando a roupa mais confortável do meu guarda roupa: uma bermuda preta, uma camiseta branca com a logo da Vans preta, um tênis preto e branco e um boné preto.

O tempo de descer as escadas e preparar um sanduíche de queijo e presunto para comer no caminho pareceu ter sido exatamente calculado, pois assim que terminei, ouvi o barulho da campainha anunciando que meu melhor amigo me esperava do outro lado da porta.

- Um pouco mais acordado agora? – Foram as primeiras palavras de Zayn assim que eu abri a porta.

- Já disse que te odeio hoje? – Perguntei, rindo e fechando a porta atrás de mim.

Quando a porta termina de se fechar, me agacho e faço carinho em Holmes, que é, de longe, um dos cachorros mais adoráveis do mundo todo. Por ser um Pastor Alemão, ele parecia bravo, mas na realidade, era um poço de carinho que não faria mal nem a uma mosca. Acho que não seria exagero se eu falasse que gosto muito mais dele do que de Zayn.

I Met Harry in The Bathroom {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora