04. Capítulo quatro.

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Eu estava sentado em frente a janela, observando os flocos de neve caírem, deixando os telhados das casas, os carros, a rua e onde quer que caíssem totalmente branco

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Eu estava sentado em frente a janela, observando os flocos de neve caírem, deixando os telhados das casas, os carros, a rua e onde quer que caíssem totalmente branco. A rua estava completamente coberta pela neve, até mesmo a grama da parte da frente e as flores, que estavam murchas devido ao clima.

Treze de dezembro, sábado, uma e meia da tarde.

Já faz cinco meses que eu estou aqui e durante esse tempo, notei que a relação de Megan com Jeongin é ainda mais estranha do que imaginei. Tenho a confirmação de que essa mulher não é muito boa da cabeça.

Comecei a estranhar pelo fato de que ele não frequenta a escola porque ela não deixa, ele apenas tem aulas em casa com professores particulares, entretanto, de início eu não achei tão estranho assim, até porque tem pessoas que realmente preferem ter aulas em casa. Depois eu descobri que ela não costuma deixar ele sair de casa, “apenas ir à igreja com ela, ao mercado com ela e só.”, foi o que o menor me disse. Perguntei o que ele achava disso, ele apenas disse que já estava acostumado, mas não era algo que gostava.

Algo que aconteceu nesses últimos meses foi eu e Jeongin termos ficado extremamente próximos. Eu estava gostando disse, mas Megan com certeza não. Era notável sua raiva pelos olhares que ela me lançava e por sempre perguntar quando vou embora. Quando ela está em casa e eu converso com ele, ela se intromete e pede para ele ir fazer algo para “ajudá-la”, tentando sempre mantê-lo distante de mim.

Lembrei vagamente de uma conversa que tive com a mulher e ela me revelou ter medo de perdê-lo, e que talvez esse medo tenha se tornado uma obsessão… Às vezes eu sentia uma certa pena de Jeongin, porque bem… ele tinha só dezessete anos, era super jovem e nem curtia sua juventude. Ele não tinha amigo nenhum, não tinha ninguém, apenas eu agora.

Megan é o tipo de mãe superprotetora e narcisista, ela e o garoto não tinham uma relação saudável e eu conseguia ver isso perfeitamente bem. Acho que qualquer um com um pingo de sanidade conseguiria ver isso.

Estranhamente, eu sentia uma enorme necessidade de proteger Jeongin. Ele parecia tão… frágil, e eu tinha medo que ele quebrasse — neste quesito, eu entendo Megan —. Me sentia na obrigação de tentá-lo fazer sorrir, pelo menos um pouco, neste ambiente tóxico. No fim das contas, acho que ele acabou se tornando mais especial para mim do que o previsto.

— Eu vou sair, mas volto logo. Cuide de Jeongin por enquanto — escutei Megan me avisar. Seu tom era extremamente arrogante. Ela também passou a me tratar com arrogância.

— Tudo bem — dei um gole no chá de camomila que estava tomando.

Escutei ela murmurar um “rhum!”, antes de sair. Apenas balancei a cabeça e levei a xícara com o líquido quente até os meus lábios, soprei um pouco antes de dar mais um gole, sentindo o gosto adocicado tomar conta de meu paladar.

— Hyuni! — escutei Jeongin me chamar. — Venha aqui.

Me levantei da cadeira e deixei a xícara em cima da mesa. — Já vou — caminhei até seu quarto. — Diga, raposinha.

my little boyㅤ ☆ㅤ hyuninOnde histórias criam vida. Descubra agora