14. Capítulo quatorze.

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A luz do sol refletia no metal do aparelho do garoto, que não parava de sorrir

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A luz do sol refletia no metal do aparelho do garoto, que não parava de sorrir. Seu cabelo voava à medida que o vento soprava contra si, o bagunçando todo. O pouco de pólen em cima do capô do carro voou quando acelerei, e depois de alguns espirros, senti minha garganta coçar.

— Você tem alergia? — escutei Jeongin perguntar, escutando o barulho irritante de biscoitos sendo mastigados.

— Não sei, mas costumo espirrar muito com poeiras e coisas do tipo em excesso — respondi, coçando meu nariz, que já estava ardendo.

— Quer biscoito? — virou a embalagem aberta em minha direção.

— Não, obrigado.

— Você vem se alimentando muito mal, sabia? — seus lábios formaram um bico. — Ou eu que estou comendo muito? Posso acabar engordando — me olhou, com uma expressão séria.

— Você não está comendo muito e está no mesmo peso, não fique se preocupando com isso, o importante mesmo é você estar bem de saúde — respondi, parando o carro assim que o sinal fechou.

— Mesmo assim… — encarou a embalagem de biscoitos. — Minha nossa, isso tem mais de cem calorias! Bem que mamãe falava que eu parecia ter engordado, óbvio, comendo esses biscoitos. E são oito da manhã! — ele realmente pareceu desesperado.

Peguei a embalagem de sua mão. — Deixa de bobeira. — Coloquei um dos biscoitos em minha boca. — Viu? Estou comendo, também. Esqueça essa de engordar, você não engordou! — exclamei de boca cheia. Ele riu disfarçadamente.

— Talvez… mas se continuar assim, isso vai acabar acontecendo — suspirou. — Mamãe sempre dizia que se eu sou desse jeito, ficar bonito deveria ser o mínimo para compensar essa vergonha.

— Gostar de pessoas do mesmo gênero não é vergonha, oras — acelerei quando o sinal abriu. — Não ligue para isso, meu bem, você já é lindo. De qualquer jeito você continua lindo. Jeongin, eu me apaixonei por você, não por sua aparência. E para mim, você já é extremamente bonito.

— Você é tão fofo, Hyuni — escutei ele rir. — E comeu meu biscoito todo.

— Tem mais na bolsa — respondi. — Você também é extremamente fofo.

Ele se inclinou, beijando minha bochecha, me fazendo sorrir.

Depois de um certo tempo, eu já estava começando a sentir meu braço queimar. A luz do sol — que estava forte, inclusive — atravessava o vidro da janela e invadia o carro, também batendo em mim, e já estava começando a incomodar. Sem contar com o calor que fazia. Para a primavera, março, estava bem quente.

— Meu braço está começando a arder, Hyuni — escutei o mais novo resmungar, tocando a pele de seu braço. — Está vermelho e quente, veja só — encostou seu braço em mim.

— Realmente — e estava quente mesmo. — Mas não há nada que eu possa fazer — o olhei de soslaio. — Desculpe.

— Ah, tudo bem — ficou de joelhos sobre o banco, inclinando-se para a parte de trás. — Eu dou um jeito — sua voz saiu forçada pelo esforço que fazia enquanto pegava uma bolsa.

my little boyㅤ ☆ㅤ hyuninOnde histórias criam vida. Descubra agora