Ao voltar para os Estados Unidos, ansioso para publicar seu livro de romance, Hyunjin se hospeda na casa de uma moça, e ao conhecer o filho dela, Yang Jeongin, acaba se interessando um pouco demais pelo garotinho.
Depois da morte de sua mãe, Jeongi...
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Eu arrumava meus fios em frente ao espelho enquanto escutava Jeongin cantarolar alegremente. Às vezes, Yang Jeongin se comporta como uma criança de seis anos. Ele tinha se deitado e rolado tantas vezes na cama, que o lençol já estava todo bagunçado. Saltitava de um lado para o outro e mexia em tudo o que pudesse. Depois de tomar banho e trocar de roupa, eu tive que me dividir entre: me arrumar e tomar conta da “criança” que estava comigo.
— Pelo amor de Deus, não mexe nisso! — corri até o garoto, que estava acendendo e apagando a luz inúmeras vezes. — Se isso queimar, eu vou ter que pagar.
— Ficar aqui está começando a ficar tedioso, Hyuni — fez um biquinho.
Olhei para seu lindo rosto por alguns segundos, antes de falar qualquer coisa. — Viemos para cá para descansar.
Cruzou os braços. — Não estou cansado, estou com fome.
— Busquei comida para nós, mas você ficou fazendo birra e dizendo que não iria comer porque tinha feijão — coloquei minhas mãos em minha cintura. — E eu estou cansado.
— Porque eu não gosto de feijão! Mas eu não estou — bateu o pé no chão, como uma criança malcriada, uma cena engraçada.
O conjunto de pijama branco com estampa de flores lhe caía muito bem. Ele realmente gostava de flores. A tiara em sua cabeça e o adesivo de morango que ele mesmo pôs em sua bochecha o deixava fofo. Tinha uma expressão indecifrável em seu rosto, mas parecia sério, já que seus lábios finos estavam em linha reta e suas sobrancelhas levemente juntas.
Mas, falando de mim, minhas costas doíam e eu me sentia realmente cansado. Meus olhos até pesavam. Sabe quando você só sente vontade de se deitar e fechar os olhos? Bem, era exatamente isso o que eu queria fazer agora. Eu usava um pijama branco simples, e meus cabelos estavam, agora, arrumados.
— Chega! — exclamei. — Yang Jeongin, fique quieto, por favor! Se você não está cansado, ótimo para você, mas eu estou. Você sabe que eu estou tendo dificuldades para dormir nos últimos dias. Eu mal dormi noite passada, acordei cedo e passei oito horas dirigindo, tendo também que cuidar de você, então, por favor, fique quieto — pedi, tocando minha própria testa.
— Tudo bem… Desculpa, Hyuni… — abaixou a cabeça. Ótimo, agora estou me sentindo mal. — Me desculpe por atrapalhar você.
Talvez ele já soubesse o tom de voz certo, a expressão certa e o jeito de agir certo para fazer eu me sentir arrependido. Meu coração apertar e a culpa me consumir, achando tê-lo tratado mal.
Fechei meus olhos, murmurando algumas coisas, e logo os abri. — Você não me atrapalha, Jeongin.
— Mas…
— Desculpe, eu só estou cansado. — Me sentei na cama. — Muito cansado — acabei bocejando.
— Tudo bem, vou ficar quietinho — bocejou também. — Já se perguntou por que o bocejo é “contagiante”?
