06-Mar

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Sean

Lírio era uma pessoa interessante de se observar ele estava comendo enquanto observava o mar que estava agitado naquela noite, a decisão de trazê-lo para a praia surgiu de última hora e assim como ele, eu também precisava repor as minhas energias, os nossos motivos eram diferentes e apenas como em silêncio ao lado dele, não querendo ser uma pessoa curiosa que faria milhões de questionamentos sobre a vida privada dele ou sobre relacionamento dele como Apolo, ele me contaria quando fosse o momento certo.

Lírio quebra o silêncio e fala baixo enquanto se vira pra mim.

_ Pensei que nunca mais fosse te ver depois nós temos encontrado em uma situação vexatória no bar, hoje no jantar e agradeço por você está comigo nessas duas situações Sean, mas espero sinceramente não ter uma terceira vez. – Ao dizer isso ele dar uma risada e rio também, mantenho o meu silêncio, porque sei que ele tem mais a dizer e ele continua.

_ A ideia de vim jantar à beira-mar foi maravilhosa Sean e parece que eu precisava vim até aqui, sabe? Como se eu precisasse me limpar de todas as coisas ruins que estavam grudada em mim.

_ Sabe que eu compartilho do mesmo sentimento? Eu estava precisando recuperar as minhas energias e a ideia de vim a praia foi uma boa.

_ Então isso não estava planejado desde o início? Me decepciona quando não planeja as coisas Sean. – Ele diz em tom de brincadeira e respondo entrando na onda dele.

_ Não se preocupe com isso da próxima vez eu vou planejar um evento maravilhoso para gente, antes que você diga que nunca mais vamos nos ver Lírio, bom você ainda me deve um jantar.

_ Devo mesmo? Esse jantar a beira mar vale por dois.

_ Não conte com isso.

Rimos de forma leve enquanto deixo o silêncio confortável se instalar, era bom está em silêncio com o Lírio e isso era algo que eu prezava em uma relação com alguém e questiono me levantando, enquanto recolho o nosso lixo.

_ O que acha de almoçar comigo amanhã?

_ A resposta não, é válida? – Ele questiona tentando se livrar de mim e falo andando até a lixeira.

_ Você não tem nada a perder Lírio é apenas um almoço comigo, aproveite as oportunidades da vida ou elas vão embora tão rápido como chegaram.

Ele não me responde nada enquanto fecha os olhos deixando a brisa suave bagunçar os cabelos dele, jogo o lixo fora e o chamo tirando os meus sapatos, deixar o meu lado impulsivo me dominar.

_ Vem vamos molhar os pés.

_ Sean pelo amor de Deus, vamos sujar todo o seu carro.

_ Eu tenho uma equipe de limpeza bem eficiente, bom vamos dar um pouco de trabalho para que eles tirem esses grãos de areia do carro. –Sorrio pra ele que tira os sapatos, deixando as coisas dele lá e faço o mesmo com as minhas, estendo a mãos na direção dele e o ajudo a se levantar e ele grita correndo para a água.

_ O último a chegar é o marido do padre.

Vejo que ele corre para o mar olhando para trás, balanço a cabeça correndo atrás dele que está rindo enquanto a água do mar bate nas suas pernas e admiro a cena por alguns segundos antes de me juntar a ele que está sorrindo divertido, jogo água nele que joga em mim também e ele diz me empurrando no mar.

_ Você vai tomar um banho de mar, já que é o marido do padre

_ Você é o padre. – Ao dizer isso puxo as pernas dele, antes que ele consiga se equilibrar ele cai no mar e fala fingindo estar bravo.

_ eu vou te matar Sean.

_ Vai ter que me pegar antes. – Falo enquanto me levanto em um pulo, correndo na direção oposta e vejo que Lírio corre atrás de mim rindo e ele fala indo para areia, cansado de correr.

_ Uma hora ou outra você vai ter que sair do mar, nessa hora eu vou me vingar de você Sean.

_ Bom você não deveria se vingar já que foi você que me empurrou primeiro Lírio.

Ele me olha por alguns segundos sinalizando para que eu sente ao lado dele enquanto se senta na areia, ele fala me olhando batendo com a mão no chão do lado dele, me chamando.

_ Justo, agora sente aqui do meu lado e antes de irmos embora.

_ Se você tentar me atacar, eu vou me vingar. – Aviso brincando enquanto sorrio para o Lírio, ando até onde ele está me sentando ao lado dele e ele confessa enquanto olha para o mar.

_ Quando eu te vi pela primeira vez eu achei que você era um arrogante, prepotente e que estava se metendo na minha vida por achar que eu era um alcoólatra, mas depois de hoje eu não consigo definir o que você realmente é Sean.

_ Em minha defesa na primeira vez que nos vimos eu fiquei preocupado pela quantidade de álcool que você tinha ingerido, eu sabia que era uma noite importante para você e que os jornalistas não iriam ter dó e nem pena de você, se te visse naquela situação.

_ Realmente eles não teriam dó de mim e nem piedade de mim, se eles me vissem naquela situação desastrosa e obrigado mais uma vez por me ajudar mesmo sem me conhecer.

_ Eu entendo o seu ódio pelos jornalistas, eu também fujo deles como fujo da cruz.

_ Porquê? – Ele questiona curioso e respondo misterioso.

_ Um dia eu te conto. – Finalizo a história sentindo que uma hora eu teria que falar sobre a verdade para ele, mas não era o momento ainda.

Ficamos em silêncio já que ele não insiste em querer saber a minha história, escuto o celular dele tocar vejo quando ele se levanta e indo até o aparelho e ele fala.

_ Alo?

Uma pausa...

_ Sim eu estou com o Sean, Martha eu não fugi dele e alias estamos na praia.

Ele revira os olhos enquanto escuta o que a Martha que sei se a assessora dele diz, ele me entrega o telefone e falo.

_ Oie Martha, sou eu o Sean.

_ Oie Sean, só precisava ter certeza de que ele não tinha te dado um bolo e alias obrigada por insistir.

_ Eu que agradeço pela ajuda Martha, tenha uma boa noite e fique tranquila irei devolver o Lírio sã e salvo.

_ Obrigada e igualmente Sean. – Ela desliga a ligação e entrego o celular para o Lírio que balança a cabeça e diz.

_ Ela achou que eu tinha deixado você plantado no restaurante Sean.

_ Ela se preocupa com você e é uma boa amiga.

_ Ela é, vamos?

_ Vamos. – Concordo me levantando com ele da areia, pegamos as nossas coisas e andamos até o meu carro, onde Lírio acaba dormindo e decido leva-lo para a minha casa, na manhã seguinte o levaria para a casa dele, seria bom que ele estivesse em um novo ambiente.

Amado Escritor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora