Amado Escritor - Livro 2

12. Anna

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Apolo

Olho para a mesa onde Lírio está sentado com o seu marido e o seu filho, fico pensando em como seríamos se fossemos nós, não tenho tempo para pensar sobre isso, já que preciso sair ali o mais rápido possível e olho pela última vez, antes de entrar no carro e Emment questiona enquanto dirige.

_ Como foi a conversa?

_ Horrível, é oficial ele me odeia — revelo enquanto passo as mãos pelo meu rosto e já sabia que isso iria acontecer cedo tarde, mas vê o ódio nos olhos bonitos do homem que eu amo, foi de  longe a coisa mais difícil que fiz, suspiro e Emment me olha pelo espelho e afirma sendo solidário.

_ Você fez o que era certo, Apolo.

_ Certo para quem? ele me odeia e eu tô sozinho e agora eu finalmente entreguei ele no colo do marido dele quando eu estava morto ele pelo menos era fiel a mim.

_ Mas isso é egoísmo e ele não merecia continuar sofrendo, e eu não gosto de falar sobre isso, mas você deveria ter falado com ele há muito tempo e isso eu teria impedido muita coisa de acontecer. — Era uma sermão que me sabia que merecia e rebato.

_ Eu sei, mas eu sou egoísta e ainda mais sobre o Lírio.

Olho pela janela a cidade que eu tanto amo e voltaria para o meu hotel, haveria uma festa essa noite para anunciar o meu retorno, as palavras de Emment voltam a mim e era crueldade da minha parte querer que Lírio continuasse  sofrendo, por eu não estar mais aqui e ia falar mais do que eu poderia fazer eu não era uma boa pessoa e era egoísta e masoquista. Emment para o carro em frente uma loja e Anna entra, coloca sacolas no meu colo e agradece.

_ Obrigado pela carona.

_ Eu não sabia que você estava perto...

_ Bom eu avisei o Emment e ele veio me buscar e obrigada. — Agradece e Emment apenas acena a cabeça e revelo de uma vez.

_ Falei com ele hoje?

_ Falou com quem? — Questiona sem entender e revelo.

_ Lírio...

O sorriso que ela tinha rosto morre e a expressão preocupada a toma e ela me olha e questiona.

_ E como ele reagiu?

_ Bom ele me odeia. — Conto e ela questiona ainda sem entender.

_ Como isso aconteceu? Você me disse que contaria quando fosse falar com ele.

_ Bom eu mudei os meus planos.

_ E não me avisou?

_ Não achei que fosse petulante fazer isso.

_ É claro que não achou que fosse petulante e passei anos mentindo para ele, fingindo uma preocupação de saber porque tinha acontecido com você e você acha que não era petulante me contar isso  se ele te odeia, o que ele pensa de mim?

Não era uma pergunta, mas respondo como se fosse uma.

_ Ele pensa que o Diabo tem que se encarregar de mim e das outras pessoas que mentiram para ele. — Revela enquanto olho a sacolas que eram de uma marca famosa e Anna segura no meu braço e a olho, ela questiona como se quisesse ter certeza.

_ Então ele sabe que eu sabia?

_ Sim, ele sabe e ele questionou, não conseguia mentir sobre isso.

_ Que merda e você poderia ter me avisado e eu teria contado a minha versão para ele.