07-Passado

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Lírio

Acordo sentindo o meu corpo realmente descansado o que faz com que eu me alongue ainda de olhos fechados e sonhei que estava com Apolo e que tudo aquilo tinha sido um real, mas ao passar a mão pela cama, eu sei que foi apenas um sonho e suspiro pela primeira vez em meses eu estava tinha realmente dormido bem e era como se eu tivesse tirado uma carga pesada dos meus ombros, ao abrir percebo que não estou no meu quarto e forço a minha mente a se lembrar, de onde estou? Mas tudo que lembro é de que eu dormir no banco do carro do Sean, me levanto da cama vendo que estou com um pijama preto de cetim e ele tinha me trocado? Deus me permitisse que não, sinto as minhas bochechas queimarem de vergonha ao pensar nisso e comento comigo mesmo, arrumo a cama que era enorme.

_ Eu devo ter me trocado e a minha mente deve não lembrar disso.

Antes que eu saia do quarto, eu escuto batidas na porta e com certeza deve ser o Sean, digo.

_ Pode entrar.

A porta é aberta e me deparo com uma senhora que está vestida com roupas formais e ela me cumprimenta.

_ Bom dia Lírio, o Sean te espera para o café e sou Morgana, a governanta. E vim te explicar onde estão as suas coisas.

_ Bom dia Morgana é um prazer te conhecer.

_ Bom os seus objetos de higiene e roupas estão no banheiro, depois de se aprontar, desça para tomar café, esta bem?

_ Obrigado, Morgana – Agradeço a ela, que sorri saindo do quarto, ando até o banheiro e faço a minha higiene pessoal, com os produtos de higiene que eu realmente usava no meu dia, provavelmente Martha deu alguma informação sobre isso, a Sean e me seco, vestindo as minhas roupas que estão limpas e cheirosas e coloco os meus sapatos rapidamente, pego o meu celular, pronto para ir embora.

Desço as escadas vendo que a estrutura daquela mansão era todo feito em mármore preto e tinha alguns quadros famosos em suas paredes, pilastras com tulipas brancas, as escadas tinham o piso branco o que dava contraste com o preto que era uma cor predominante ali e paro no fim da escada olhando para os imóveis que são brancos, cinza e preto e a voz de Sean se faz presente atrás de mim.

_ Bom dia, belo adormecido.

Me viro assustado e encontro Sean que está vestido com um terno, ele está sorrindo para mim, o cumprimento.

_ Bom dia, Sean, que horas são? E porque não me acordou quando chegamos aqui? Não quero te dar trabalho.

_ Ainda é cedo, tive uma conferencia e a encerrei assim que Martha me avisou que você tinha acordado. – Ele explica e me sinto culpado por ele te encerrado a sua conferencia por minha causa, Sean já tinha me ajudado muito e digo, pronto para ir embora.

_ Sean, eu já vou pra casa e agradeço pela noite, mas já está na minha hora.

_ Só tome um café antes, Lírio? Morgana preparou um bolo de chocolate, especialmente para você.

_ Isso é sacanagem, Sean.

_ Bom cada um joga com o que tem, vamos? – Não respondo sabendo que não tenho resposta para isso, Sean me oferece o braço, o seguro e andamos para sala de jantar, ao entrar vejo a mesa farta e me sento a direita do Sean, ele diz.

_ Pode se servir, Lirio.

_ Obrigado – Faço o que ele sugere, me servindo de tudo um pouco e estava faminto parecia que eu tinha ficado meses sem comer nada, se fosse sincero, eu realmente estava sendo bem negligente com o meu corpo durante o meu luto, onde a minha única forte de combustível, era o álcool e comidas de fast foods para me manter em pé.

Como, sabendo que tem um par de olhos me observando e comento enquanto tomo o meu café com leite.

_ Espero que a visão esteja do seu agrado.

_ A visão está belíssima, obrigado por me agraciar com ela, Lindo – Ele pisca para mim e debocho.

_ Você é clichê e brega, Sean.

_ Sou sincero e realista, mas se isso for brega para você... Então eu sou.

Dou risada, me sentindo leve em está ali com ele e me sentia estranhamente feliz em conversar com Sean, talvez fosse errado me sentir assim, quando o Apolo estava morto ou desaparecido, suspiro terminando o meu café e Sean questiona, quando tento sair da mesa.

_ Disse algo que não deveria?

_ Não, Sean – nego porque ele me respeitou desde do primeiro momento, ele me olha como se esperasse uma resposta melhor e confesso, mordendo os lábios.

_ Me senti culpado de estar rindo com você aqui, enquanto o homem que eu amo, está morto ou desaparecido e iriamos ter um bebê, mas eu acabei sofrendo um atentado e perdi o nosso filho ou filha, o perdi assim que o descobri, foi recente demais para que eu soubesse o sexo ou que ele estivesse desenvolvido... – Divago comigo mesmo sobre aquele acontecimento e pelas minhas contas, o bebê teria dois meses de vida agora e me imaginava como a minha vida estaria diferente agora, não consigo chorar e peço percebendo que falei demais.

_Me desculpe por isso, Sean.

_ Não peça desculpas por isso, Lírio e entendo que foi traumático para você, mas você precisa se permiti viver e seria isso que o Apolo iria querer que você fizesse e pode parece papo de coach, mas você está sorrindo hoje e comendo bem, seria assim que ele ia querer te ver e não triste ou deprimido. Está na hora de seguir em frente, Lírio.

As palavras de Sean parecem como um empurrão que eu tomei para fora do meu armário e sentia a dor que me possuía, sair de dentro de mim e sorrio sentido uma lagrima solitária descer pelos meus olhos e finalmente iria seguir em frente, por mim e pelo Apolo, como se fosse um aviso, sinto o meu celular vibrar e ao olhar a tela vejo que é a Anna, irmã do Apolo e estava na hora de enfrentar o que me aprisionava.

Amado Escritor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora