Pinkblue Light

Celafria

"A Jinx é perfeita"

Eu ouvi mesmo isso?

"Tem que deixar a Powder morrer"

Eu devia...

— As armas dela ficam comigo! — Ouvi uma ordem.

Tão longe...

Murmúrios, murmúrios, murmúrios.

— Sem discussão, vão andando! — De novo, umas vozes.

Passos, passos, passos.

— Deixem-me a sós, eu preciso falar com ela. — A voz se aproximou. E nossa, como era familiar.

Depois um barulho, uma chave, uma grade

— Powder? — A voz me chamou aparecendo bem na única luz que eu via naquele lugar escuro. — Você está melhor?

— A Powder virou fumaça, é Jinx agora!

Eu estava de luto e mesmo assim ela veio me incomodar? Depois eu que era a irmã malvadinha.

— Isso não é verdade — Ela segurou as grades que eu percebi serem de uma cela, e eu que estava do lado de dentro. — Eu sou sua irmã e sei que minha irmãzinha ainda está aí.

— Sii qui minhi irmizini indi esti ií. — Zombei da voz irritante dela, me levantando devagar do chão que eu estava deitada, com uma ENORME dor de cabeça.

— Argh, Powder, colabora! — Suspirou irritadinha. — Eu pedi para neutralizarem a Cintila do seu corpo, assim que você mordeu um dos defensores e vomitou em outro.

A informação foi até que engraçada, mas eu não poderia me alegrar estando incompleta sem a Zap.

E droga, como ela era insistente...
Tagarelou, tagarelou, eu ignorei e ela continuou.

— Eu achei um ótimo voluntário pra isso, então no máximo você deve sentir algumas dores e um pouco de abstinência por poucas horas. — ela falava sem parar e ainda era ingênua de dar as costas pra minha cela no momento em que falava comigo.

Hora perfeita para dar um estrangulão por trás!

— DEVOLVA A POW POW E O FISHBONES! SUA ASSASSINA DE ARMAS! — Sim, eu me agarrei nela.

Prendi ela contra a grade tentando sufocar. E é claro que eu sabia que ela era mais forte quando eu estava desarmada.

Mas quem não tentaria vingar um ente querido?

Ela balançou bastante, e eu fui jogada longe de volta ao chão da prisão bem geladinho.

— Você tá maluca Powder!? — É obvio que ela me encarou feio, e para todos os efeitos, eu só soube rir da cara dela. Gargalhar na verdade!

Mesmo que depois de um tempinho eu não tenha aguentado segurar as lágrimas quando me lembrei dos meus amiguinhos órfãos, com a morte da Zap.

E eu era a culpada de tudo isso...

Silco me dava permissão de perseguir os Fogolumes, e eu me torno um deles. Silco me ajuda a construir minha primeira arma de choque, e eu deixo eles quebrarem ela. Eu devia ter escutado, não podia ter desviado.

— Pode ser! Eu tenho um atestado em Piltover, lembra? — Eu respondi com toda a carga de dor, chutando aquelas grades, dando a MAIOOR pressão pelo baque.

Nhee, infelizmente eram potentes.

Mas eu NUNCA iria perdoar o que a Vi fez comigo.

— Você devia se olhar no espelho agora, vai enxergar uma doida sequestradora, monstrona e MÃOZUDA! — terminei de reclamar.