A Penetra

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Após uma longa sessão de pensamentos por conta de alguns Zaunitas, e um belo discurso depois, de alguma forma eu e Jinx nos encontramos em uma missão improvisada em Piltover, nosso planejamento não foi exatamente planejado, mas o fluxo se seguiu bem desde o momento em que usamos o grande elevador para entrar no lado alto e começar a bagunçar.

Eu passei as breves instruções a ela e lhe entreguei uma escuta, pois ela faria a missão sozinha enquanto seria supervisionada por mim, que estaria escondido no local onde ela fosse trabalhar, a observando com a ajuda de um binóculo hexterizado.

E sendo assim, muitas coisas aconteceram nesse processo confuso, mas a coisa mais empolgante que eu descobri sem querer, foi:

Jinx detesta saiotes e corseletes.

No entanto, ela sorriu maliciosamente enquanto pensava no que faria com o espaço sobressalente do vestido que roubou.

Suas longuíssimas tranças azuis ficaram escondidas sob um chapéu de plumas ridículo que era a última moda na ridícula cidade dos pilties.

Ela perambulou entre os convidados do casamento, mantendo o sorriso firme e tentando não gritar com as pessoas de olhares mortos ao seu redor. Ela precisou se esforçar para não pegar cada um pelos ombros e sacudi-los até acordarem, ou então dormirem para sempre em suas mentes mórbidas.

E sinceramente? Eles mereciam.

Jinx estava lá para explodir o observatório acima da mansão do Conde Sandvik, foi a missão mais aleatória que arrumei de última hora, mas quando vimos que havia um casamento em andamento...Bem, era uma oportunidade boa demais de destruição para ser deixada de lado.

Até eu concordava nisso! Qual é, são os Pilties, então logo ela recebeu um auto-convite para entrar de penetra nesse casamento, com a minha assinatura embaixo.

Enfim, o Conde não havia se $poupado$ em tornar o casamento chique da sua filha chique em um grande espetáculo. Os mais engomadinhos da sociedade de Piltover estavam lá, os chefes dos grandes clãs que eu não me importo, grandes artífices de hextec que também não me importo e até mesmo Nicodemus conseguiram um convite.

O Chefe da Guarda parecia um poro gordo no seu uniforme magnificamente ridículo de gala, com o peito estufado e olhos arregalados perante a mesa do banquete.

A música de uma pequena orquestra soava entre os convidados, tão lenta que fazia Jinx e eu bocejarmos só de ouvir. Nós certamente preferimos a música de bater os pés e girar até vomitar de Zaun.

Hexlúmens com zoetrópios e lentes de ângulos estranhos projetavam dançarinos espectrais no chão, que faziam piruetas e giravam para o agrado das crianças sorridentes que nunca passaram fome, sentiram dor ou perderam algo na vida além de seus corações.

Mímicos e prestidigitadores se moviam pelo público, agradando os convidados com os seus truques de cartas que eu e Jinx já havíamos visto melhores. Os arruaceiros dos Mercados da Fronteira fariam muito melhor do que qualquer um desses artistas piltovenses.

Retratos dos mandachuvas de Piltover podiam ser vistos nas paredes revestidas em carvalho trabalhado com cobre. Os homens e mulheres dos retratos olhavam de cima para as pessoas abaixo com um ar de arrogância.

Não pude evitar de me sentir orgulhoso quando vi Jinx mostrar a língua para cada um deles enquanto passava, sorrindo com a sua reação de desaprovação.

Janelas com vidros coloridos pintavam o mosaico do piso com arco-íris. E Jinx saltitava alegremente sobre os quadrados ao abrir caminho para uma mesa cheia de comida que alimentaria centenas de famílias em Zaun por um mês.

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