love me or leave me - hyun + seung

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KIM SEUNGMIN
point of view

Há seis anos atrás, eu conheci Hyunjin.

Para mim, sua beleza era tanta que eu achei estar vendo algo que era fruto da minha imaginação. Nós nos conhecemos na primeira festa do primeiro ano do ensino médio. Irônico, não?

Na primeira noite, apenas conversamos e trocamos nossos números. Me senti no céu, até Changbin me alertar da fama dele.

Hyunjin tinha a fama de quem não mantinha nenhum tipo de relacionamento fixo. Não que eu já estivesse planejando me casar e ter filhos logo no primeiro encontro, pelo contrário. Mas eu não poderia arriscar me apaixonar por alguém que não arriscaria tentar um romance.

Ele me explicou que o amor - para ele - era uma ilusão inventada pelos outros para acreditar que não sobreviveriamos se não houvesse amor entre as duas partes, não necessariamente no sentido romântico.

Eu sempre fui uma pessoa que acreditou fielmente no amor verdadeiro. Acreditar é uma coisa, já se viver um é outra.

Vivia com a cabeça no mundo de algum livro de romance e me imaginava ali. Como seria se fosse eu? Como seria sentir as famosas borboletas na boca do estômago e ansiar por mais do que o seu corpo fosse capaz de receber? Por que eu continuava querendo algo que ninguém poderia me oferecer?

O amor dos livros não é real. Foi doloroso acreditar nisso. Ninguém iria correr até a minha casa às três da manhã porque precisava desabafar, não iria tocar a minha campainha em um dia chuvoso para uma maratona de filmes ou um karaokê improvisado da minha banda favorita. Ninguém iria se arriscar o suficiente para gritar em alto e bom som o quanto me amava. Eu nunca seria a pessoa de alguém, e eu já estava me contentando com isso até ele aparecer e fazer tudo o que eu achava que nunca aconteceria comigo.

No começo, ele me fez acreditar que eu poderia ser a pessoa dele. Eu poderia ser aquele que sempre faria seus batimentos cardíacos ultrapassarem a média normal, poderia ser o único que ele precisa, o único perto o suficiente para sentir sua respiração. Eu obviamente poderia. Mas a grande questão era: Hyunjin poderia fazer o mesmo por mim?

Como uma pessoa tão descrente e desacreditada poderia me amar como se eu fosse o único em um mundo tão vasto e populoso?

No começo, meu coração se quebrava em partes toda vez que me lembrava que ele recusava um relacionamento por não acreditar no amor, era quando eu voltava para a vida real.

Mas o que poderia fazer? Eu só... deveria aceitar isso e seguir em frente, certo? Sim. Mas não conseguiria, não quando eu já estava apaixonado por ele.

Não quando eu percebi que cada detalhe dele poderia acabar com a minha sanidade e eu ainda iria querer tê-lo por perto. Ainda iria querer ouví-lo contar sobre as suas novas artes, sobre como ama fazer a fotografia de hobbie, como ama a dança como se ela fosse algo tão vivido e especial em sua vida. Vê-lo tratar outras coisas, até as mais banais, como importante me fazia querer ele mais ainda.

Mas eu não poderia. Eu não podia. Não quando Hyunjin não poderia ser meu, para eu ousar perdê-lo.