Se As Estrelas Soubessem

reencontros

Estação de King's Cross, 1º de setembro de 2010

Este ano, toda a família está aqui para se despedir dela. Ela já localizou seus amigos e Radagast garantiu a eles que garantiu um compartimento para eles. Seus pertences estão sendo carregados, vassoura incluída.

Ela se vê distraída. Ela percebe a empolgação de Scorpius, os olhares que os Malfoys e ela ganham da multidão, as conversas educadas que outros bruxos travam com seu pai, os sorrisos cordiais que sua mãe troca com outras bruxas, mas tudo foge de sua mente, nada permanece hoje. Sim, ela está feliz por voltar para Hogwarts. Ela também está impaciente para entrar na biblioteca e aprender mais sobre ofidioglossia e ofidioglossia.

Ela ouve as conversas ao seu redor, até responde de vez em quando, mas não está nem perto de se concentrar. A cobra não podia contar muito mais, mas gostava de conversar com ela. Ela voltava ao riacho quase todas as noites, às vezes chamando pela cobra, outras apenas de pé com os pés na água fria, ambas as coisas assegurando-lhe que ela tinha uma escolha. Ela também imaginou que Nagini devia ter olhos vermelhos. Sua mãe conta como foi criada naquela casa desde o dia em que nasceu. Ela sabe que Nagini pertenceu a Lord Voldemort, mesmo que sua família não fale sobre nenhum deles. Ela deve ter lembranças muito antigas de seus olhos, só isso. A bondade lá, no entanto…

Uma retidão repentina que toma conta de sua mãe é o que finalmente chama sua atenção. Os olhos de Narcissa pararam de piscar e parecem incapazes de se mover. Delphini se vira, esperando algo verdadeiramente anormal, mas não é  nada . Apenas o Auror  harry Potter está na plataforma, cerca de quatro carruagens abaixo deles. Ela sabe que seu filho mais velho ainda é muito jovem para embarcar no trem, então ela acha que o Ministério o enviou. Houve apenas uma inspeção no verão passado, no aniversário dela. Uma vez que fica praticamente no meio das férias de verão; checá-la novamente pouco antes do início das aulas não parece tão estranho.

Então o  coração de Narcissa malfoy pula algumas batidas. Uma mulher pálida penteia os cabelos azuis, um sorriso meigo nos lábios e um olhar amoroso nos olhos. Uma mulher que parece uma versão mais velha de Bellatrix, como ela a conhece pelas fotos que sua mãe Narcissa tem guardadas.
Ela percebe que essa mulher é a razão por trás da imobilidade de  Narcissa. Esta mulher é a dona daquela terceira escova de cabelo de prata gravada que ela às vezes vê na mente de sua mãe .
Andrômeda Narcissa suspira

Narcissa está bem ciente de que sua filha está em seu turbilhão interior e que a garota já descobriu alguma coisa disso. Ela espera que o trem parta antes que ela tenha que se   explicar.

Seus olhos se encontram e Narcissa tem que forçar cada fibra de seu corpo para ficar parado e não correr para sua irmã restante. A expressão de Andrômeda não vacila. Total indiferença pelos segundos em que olha para a irmã de cabelos dourados. Um aceno solene de cabeça antes de desviar o olhar. Aquele que Narcissa imita, enquanto seu coração afunda aos pés.