as estrelas da casa dos black

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Essa coisa pesada e cinza que sempre a seguirá, aconteça o que acontecer, não importa onde. Pela primeira vez em sua vida, ela entende o verdadeiro significado de pertencer à Casa dos Black. O mais puro do tipo bruxo, a mais sombria das famílias, dando origem ao mais sombrio dos dons.

Ela não sabe muito sobre ele. A família dela quase nunca o menciona. Além disso, ela nunca pergunta. Então ela se levanta, seus livros sobre ofidioglossia esquecidos, espalhados por toda a mesa, e se pergunta pelas estantes, procurando por Azkaban desta vez.

Ela fica sabendo das pessoas encarceradas lá, de como elas eram sombrias e desonestas. Ela aprende sobre os dementadores e o que eles fazem com os prisioneiros. Seu medo está de volta. Muitas das pessoas presas eram parselmouths. Mais uma vez, seu dom e escuridão compartilham um terreno comum e isso a oprime.

Ela está totalmente inconsciente de seus arredores quando Madame Pince vem buscá-la. Ela diz que é hora de ir para a cama, enquanto junta os livros, erguendo as sobrancelhas com os títulos.

“Temas sombrios para a sua idade, você não acha?”

Delphini ouve um suspiro dos lábios da bruxa. Ela sabe que seus olhos devem ter ficado vermelhos por um momento. Ela precisa de controle absoluto disso também. Ela pode sentir sua magia se agitando e se lembra desse sentimento, dessa coisa escura dentro dela. Ela não pode deixar isso acontecer de novo, nunca.

Ela se levanta da mesa e sai furiosa da biblioteca. Toque de recolher que se dane, ela precisa ficar longe das pessoas agora. Ela gostaria de estar em casa, para poder voar até o riacho e deixar a água acalmá-la. Ela pensa em pegar sua vassoura, mas percebe que está muito chateada para manter seu juízo sobre ela da maneira que ela precisa se ela pretende escapar de Filch e Pirraça.

Ela decide pela Torre de Astronomia. Ela vai procurar as estrelas de seu nome. Ela vai deixar o vento frio acalmá-la, talvez deixar cair algumas lágrimas. Quando ela se sentir pronta, ela descerá para as masmorras mais uma vez, deixará cair algumas gotas de um frasco escondido no fundo de seu baú no travesseiro e dormirá. Profundamente e sem sonhos, ela espera.

Ela tira a varinha das vestes para iluminar o caminho e começa a caminhar no escuro.

O Barão não vai contar a ninguém, ela sabe disso, mas perdeu o controle mais uma vez. De uma maneira diferente, mas perdido do mesmo jeito. Ela não tem mais raiva nela. Apenas decepção. Ela precisa aprender a controlar a si mesma, sua magia e seu dom.

Ela adormece em lágrimas, abraçando o travesseiro, o cheiro lentamente a levando a um sonho. De estrelas e serpentes, de sangue e fumaça.

Se As Estrelas Soubessem Onde histórias criam vida. Descubra agora