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Draco tem certeza que seu coração está prestes a explodir de pura alegria. Delphini caminha pelo corredor, deixando cair pétalas coloridas e macias em seu caminho, de uma cestinha que guarda as alianças em uma almofada ao fundo. Alguns passos atrás vem Astoria, de braço dado com o pai, vestida de branco, um espetáculo de perfeição. Ele sorri para os dois e acaricia os cabelos de Delphini quando ela passa por ele. Seu mundo está finalmente de volta ao seu eixo. Tudo está correto. Ele pode amar agora. Ele pode se importar.
Draco está nas nuvens há dias, ela pensa. Ele não vai ouvir frases com mais de cinco palavras, não vai torcer por ela quando ela voar, não vai rir quando ela assustar os pavões... Ele só presta atenção em Astoria, sério. E Delphini já teve o suficiente. Ela está entediada e o tédio exige algo grande.

Ela tem tudo planejado para aquela noite. Ela está sentada perto do fogo, com os Contos de Beedle, o Bardo nas pernas, folheando as páginas distraída. Darkie está empertigada nas costas de sua cadeira, prestando muita atenção nas imagens em movimento lento. O jantar deve estar quase pronto. Ela será instruída a correr na frente e lavar as mãos; e isso cria a oportunidade perfeita. Ela faz uma anotação mental para impedir que Wabby se machuque demais, afinal ela vai roubar o trabalho do elfo.

"Delphini, mocinhas não balançam os pés." A voz de sua mãe a traz de volta à realidade.

"Sinto muito. Vou parar mamãe." Ela dá um sorrisinho para  Narcissa "Eu não vou fazer isso de novo." Ela acrescenta, quando seu pai  Lúcius dá uma espiada por trás do Profeta , olhando para ela de cima do nariz, daquele jeito Malfoy. Ele retoma a leitura e Narcissa a convida para ficar ao seu lado no sofá. Ela pula da cadeira e corre para se ajoelhar na almofada, ao lado dela.

"Você gostaria de praticar suas escalas?" Ela a está ensinando a tocar piano. Delphini assente. "Bem, então me mostre. Toque em minhas mãos primeiro e depois praticaremos um pouco depois do jantar." Ela estende as palmas em sua direção e Delphini coloca os dedos nos dela. "Mesmo e leve, Delphie. Como penas, lembra?"

Ela pratica por alguns minutos. Narcissa corrige seus movimentos, avisa quando ela está batendo muito forte.

Draco entra, Astoria em seu braço esquerdo. Eles têm sua própria ala na mansão, mas gostam de se juntar a eles para jantar. Delphini olha para cima e fica imediatamente desconcertada com o olhar bobo e amoroso no rosto de Draco. Astoria tem toda a sua atenção e parece estar tentando dissuadi-lo de alguma coisa. Eles riem como crianças em idade escolar depois de uma pegadinha bem-sucedida. Humpf. Apenas espere. Veremos se Tori ainda tem sua atenção depois que eu terminar.

"Vocês dois não estão sozinhos nesta sala, sabia?" Seu pai está colocando-os de volta em ordem. "Boa noite não faltaria boas maneiras."

Draco se desculpa. Astoria os cumprimenta, corando. Narcissa os olha com um olhar conhecedor e então encara seu filho, bem nos olhos.

"Existe algo que devemos saber? Astoria?" Ela muda seu olhar cinza para sua nora. Delphini não tem a menor ideia do que está acontecendo e não gosta nada disso. Ela pode ter apenas cinco anos, mas ser deixada de fora é seriamente agravante.

Astoria morde o lábio, balançando a cabeça para Draco, mas ele tem o sorriso mais idiota e feliz já visto em um Malfoy. Ele abraça Astoria, que revira os olhos e murmura uma espécie de acordo. Draco ri, beija a bochecha dela e planta as duas mãos na barriga lisa dela.

"Draco..." Os olhos de  Narcissa brilham com lágrimas que ela não deixa correr e suas mãos voam para a boca. Lúcius tem um sorriso maroto no rosto enquanto dobra o jornal e se levanta, aproximando-se do feliz casal.

"Tenho certeza. Mas é muito cedo para contar a todos." Astoria diz, dando a seu marido um olhar semi-sentido. “Tenho apenas dois meses...” Ela se interrompe e Delphini percebe que algo a deixa triste. As mesmas sombras cruzam os olhos de sua mãe com isso, mas ela endireita as costas e garante a Astoria que tudo ficará bem.
Lúcio abraça Draco, . A mente de Delphini está acelerada, seu plano completamente esquecido. Ela caminha até os adultos, olha para eles da maneira mais composta e descontente que consegue e exige uma justificativa para toda essa bobagem piegas com seus olhos esmeralda bem abertos.

Se As Estrelas Soubessem Onde histórias criam vida. Descubra agora