Se As Estrelas Soubessem

se as estrelas brilharem por nós

Ela é Delphini, da família Malfoy. Não exatamente um deles, mas deles. Draco sabe disso agora, mesmo que seja a única coisa que ele saiba. Ela é deles.

Ela não é nada das Trevas
Ela é uma estrela, um pedaço puro de luz no céu noturno, abrindo graciosamente seu caminho entre as outras. Ela também é outra coisa; está lá, logo abaixo da superfície, mas desconhecido por enquanto.

Narcissa vagueia pelos corredores na noite seguinte. Ela não consegue acreditar que todos eles se foram.

Sua casa não é mais o quartel-general sombrio do bruxo das trevas mais perigoso que já existiu. Não há mais bruxas e bruxos tornando sua presença escassa sempre que o Lorde das Trevas entra em uma sala, caindo de joelhos para evitar suas maldições ou gritando sob eles. Ele havia se tornado perigoso e cruel, cada vez mais conforme o tempo passava e seus planos falhavam. Ela não sente falta de viver com medo.

Ela sente falta da irmã. Sua gargalhada enlouquecida a assustava, sua habilidade mágica a surpreendia, a maneira como ela a usava a aterrorizava, mas ela era da família. Ela será lamentada e sentida. Ela era tudo o que restava de suas raízes, daquele mundo agora antigo em que ambos haviam sido criados. Um mundo de sangue puro, de defender sua honra com sua varinha, de conhecer as Artes das Trevas e se orgulhar disso. Da elite bruxa que já governou todo-poderoso e agora se foi. Bellatrix Black, feita Lestrange, que era apenas verdadeiramente Dele, a estrela guerreira, queimou brilhantemente e deixou brasas e cinzas brilhantes em seu rastro.

Ela deixou outra coisa também. Como todas as estrelas em extinção fazem. Alguém. Outra luz no firmamento, apenas incendiada. Pode ser o maior erro da história da bruxaria, deixar aquela criança viva. Um augúrio, muitos acreditavam. Ela deveria trazer um novo mundo. Ela tem, mas não a dele. Melhor não insistir nisso, para que ela não se transforme na criatura profetizada.