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Capítulo Vinte e Um

Capítulo Vinte e Um

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Izuna? — Madara colocou a cabeça no vão da porta.— Izumi me disse que você está arrumando seus baús de viagem. Está tudo bem?

— Mada-nii, sente-se, por favor. Nós precisamos conversar.

Izuna se preparou mentalmente. Estava na hora. Já tinha passado muito da hora. Aquele atoleiro de mentiras o tinha puxado cada vez mais para baixo ao longo dos anos. Ele estava afundado até o pescoço e dessa vez não teria qualquer ajuda de Tobirama. Izuna só dependia dele mesmo para se soltar.

Primeira regra dos atoleiros: não entre em pânico.

— O que foi, Izuna? — Madara perguntou.

Respire, ele disse para si mesmo.

— Eu... eu tenho muita coisa para dizer. Posso lhe pedir para que escute tudo que tenho para falar?

— É claro.

— Quando eu tinha 16 anos e fui passar aquela temporada na Alemanha, contei para você que conheci um oficial Francês na praia. — Izuna engoliu em seco. — Eu menti.

Lá estava. A grande confissão, em três sílabas. Por que foi impossível dizê-las em voz alta por tanto tempo, ele não sabia dizer. Mas agora que já as tinha dito uma vez, não parecia tão difícil dizê-las outra vez.

— Eu menti — ele repetiu. — Eu nunca conheci nenhum cavalheiro. Passei as férias todas sozinho. Quando voltei para casa, todo mundo esperava que eu fosse passar minha Temporada em Tokyo. Entrei em pânico ao pensar na Sociedade, então inventei essa mentira maluca sobre um Capitão Senju. E continuei mentindo. Durante anos.

— Mas... a menos que minha idade avançada tenha me deixado demente, há um homem neste castelo. Um homem cujo nome é Capitão Senju. Ele parece bem real para mim.

— Ele é real, mas eu nunca o encontrei antes. — Izuna deitou a cabeça nos braços cruzados. — Sinto muito. Eu estive envergonhado e com medo de que você descobrisse a verdade. Eu queria ter lhe contado anos atrás, mas você
gostava tanto dessa ideia... e eu gosto tanto de você.

— Oh, meu pequeno Izuna. — Madara massageou as costas de Izuna fazendo círculos com a mão. Do mesmo modo que ele fazia quando Izuna era um garotinho. — Eu já sabia.
.
— Você sabe que eu sinto muito? Pode me perdoar?

— Não só isso. Eu sei de tudo. Das mentiras, das cartas. Que seu Capitão Senju era apenas fantasia e imaginação. Eu sempre soube. Aturdido, Izuna levantou a cabeça.

— Como?

— Por favor, não fique ofendido com isso, pequeno, mas não era uma história lá muito plausível. Na verdade, era bastante absurda, e você não tem muito talento para mentir. Sem que eu atestasse sua história, ela não teria durado um mês com o papai.

O Noivo Do CapitãoOnde histórias criam vida. Descubra agora