Capítulo 32

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   𝓜𝓮𝓷𝓽𝓲𝓻𝓪𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓲𝓰𝓸𝓼𝓪𝓼 2.
𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 32.

        Sentir que estar se perdendo mesmo estando inteiro, eu sinto isso quando algo da errado, talvez seja o fato que eu nunca estive totalmente inteira, eu odeio pensar assim mas eu tento guardar tudo para mim até o último minuto.

   Mas eu realmente não sabia o que fazer enquanto minhas mãos suavam frio e meu corpo parecia querer desabar, respirando fundo a cada cinco minutos enquanto olhava para aquela porta branca fechada, era como se eu estivesse apenas eu e a porta em um total escuro um de frente para o outro, eu realmente queria poder apenas atravessar aquela porta e eu mesma fazer o que tivesse que ser feito.

  Não, não era isso realmente não era isso...

Eu queria estar lá no lugar dele e não sentindo essa aflição por ele estar sentindo Deus sabe o que dentro daquela sala, minha roupa estava vermelha pelo sangue que ele cuspiu no caminho e eu não conseguia pensar em nada além da cor avermelhada que eu enxergava se misturando com os tons negros de seus cabelos, eu estava sentimento novamente aquele medo que era impossível controlar, eu só queria que aquela porta se abrisse e Itachi saísse dali dizendo que está bem e fazendo alguma piada idiota da minha cara de preocupação e por mais que eu estivesse um turbilhão de sentimentos eu não demonstrava nada, apenas parada quase sem piscar olhando para porta, o silêncio era tanto que quase podia ouvir meu coração desesperado e eu não ousava olhar para o lado onde Sasuke estava junto a Naruto, eu não podia, sem nem mesmo perceber eu estava mexendo minha perna em inquietação e mais uma vez puxei o ar para o fundo dos meus pulmões.

  "Por favor, abre essa merda logo"

  Era tudo que eu pensava naquele momento, abre a merda dessa porta logo.

  Abrir a porta, eu precisava só de uma porta aberta, só uma saída, qualquer uma.

   Eu estava tão focada naquela porta que tudo ao redor sumiu e só ficou meus pensamentos, meus malditos pensamentos que não se calavam, eu só queria uma saída, existia vários caminhos, mas nenhuma saída, Hiashi, crianças desaparecidas, passado, família, mortes, sobrinho a caminho, soluções, Daisuke....

  Tudo vinha de uma vez, todos sentimentos, culpa, irritação, mas isso estava acabando com minha cabeça.

  Senti uma mão pousar sobre minha perna direita o que me fez sair do transe voltando para a realidade só agora eu notei que não estava respirando e então soltei o ar preso de meus pulmões, virei um pouco para o lado, Sasuke estava sentado do meu lado olhando para frente assim como eu mas ao contrário de mim ele parecia calmo, bem mais calmo, mas ele sempre foi assim não é? Ele nunca demonstrava ele guardava até explodir e era isso que ele estava fazendo, ele segurava com a mão minha perna talvez estava tentando controlar minha ansiedade que eu nem havia notado ou simplesmente odiava aquilo e queria que eu parasse.

     Foi então que ouvi o barulho da porta se abrindo, Sasuke foi o primeiro a levantar e eu a olhar para a mulher que saía de lá.

  - E então? - Naruto foi o primeiro a perguntar já afobado tanto quanto nós.

- Antes se acalmem, ele está vivo e bem, por enquanto. - A mulher com o crachá escrito " Shizune" em seu peito disse olhando para nós, ela podia estar calma e só o fato se ouvir a palavra " vivo" me aliviava, mas eu sou médica, eu sei o que aquela cara séria e inquieta significava, tinha algo mais.

  - O que quer dizer com o por enquanto? - Sasuke perguntou, eu fiquei apenas em silêncio.

  - É melhor virem para minha sala, lá eu explicarei melhor.

Mentiras Perigosas 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora