Capítulo 40

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𝓜𝓮𝓷𝓽𝓲𝓻𝓪𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓲𝓰𝓸𝓼𝓪𝓼 2.
𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 40.

   
 
    A onda de calor do meu corpo era como se eu estivesse com febre mas sem sentir frio e sim todo calor da temperatura daquele momento, podia sentir o suor em minha testa descendo por meu pescoço, minhas mãos dormentes como se estivesse perdendo as forças, meu coração parecia tão rápido que não sabia como não havia tido um infarto ainda naquele momento.

    Minha cabeça doía como se tivesse levado um golpe principalmente perto da nuca e minha respiração não estava boa, escorei na parede por um momento tentando não cair, eu havia encontrado a porta cinza, só precisava passar por ela e assim com uma mão meio cambaleando e não enxergando muito tirei a madeira que a segurava e então abri saíndo para fora sentindo um vento gelado em minha pele e pela primeira vez não reclamei por aquilo, segurava o pequeno corpo que parou de chorar por um momento e tentei adivinhar onde eu estava exatamente, só havia árvores em minha frente podia ver não claramente mas o tom marrom e verde era meio óbvio, eu não estava pela parte da frente onde entrei.

   Havia uma escada que comecei a subir segurando uma das mãos na parede e assim que consegui subir tudo só havia mato ali, eu precisava sair dali de perto e não dava tempo de achar onde Sasuke estaria, então comecei andar reto indo em direção das árvores me escorando nelas e tentando não tropeçar em algum galho, me assustava toda vez que tocava em um e acabei me cortando com espinhos mas tinha certeza que o pequeno bebê estava bem protegido pelo lençol, meu olhos ardiam como se tivesse acabado de cortar cebola e passado nos olhos, minha cabeça estava estranha como se estivesse chiando.

   Eu sabia o que tinha acontecido e sabia esse sentimento, haviam me drogado e se eu apagasse agora acordarei não me lembrando de nada, talvez nem mesmo meu nome, era isso que a droga fazia por isso da primeira vez assim que tomei o tiro e me apagaram eu não me lembrava de nada, mas mesmo que isso seja ruim eu só pensava se isso afetaria o bebê em minha barriga mas naquele momento eu não poderia fazer nada.

   Ouvi barulho de sirenes e parei por um momento segurando em uma árvore, eu já não conseguia ver mais o lugar onde estava, apenas árvores, a polícia tinha chegado no local, isso significa que as crianças estavam bem e que Kakashi havia conseguido, senti uma tontura forte e minhas pernas fracas e então me sentei encostada na árvore respirando fundo várias vezes sentindo meu corpo doendo e que a qualquer hora poderia apagar, sinceramente eu não tinha mais como voltar, havia matado gente mesmo que em legítima defesa mas mesmo assim eles não entenderiam, mas também não tinha forças para continuar e agora mesmo que eu não apertasse aquele botão, alguém faria isso por mim.

        - Eu quero pedir um último favor. - Disse olhando para o homem que estava colocando as armas no carro, Sasuke estava afastado pegando umas últimas coisas, não queria que ele ouvisse.

Madara se encostou no carro cruzando os braços parando de mexer nas armas.

- Isso está virando algo que você vive fazendo. - Ele disse sério me encarando. -É geralmente nunca é bom.

- Preciso que quando você deixar a última bomba explodir deixe ela programada para explodir 10 minutos depois do horário combinado. - Ele me encarou fechando um pouco o olhar e juntando a sobrancelha. - Caso eu não consiga explodir e se puder tire o Sasuke de lá mesmo que ele não queira.

- Porque precise que essa bomba exploda?

- Talvez eu não consiga sair, pode haver algum impedimento, mas sei que eu já vou ter conseguido tirar Hinata e Naruto de lá, mas caso aja alguma coisa me impedindo eu preciso que a bomba exploda, Hiashi não irá sair de lá, mesmo que eu não saía. - Falei olhando um pouco para baixo enquanto falava, Madara ficou em silêncio e pensativo, logo ele virou um pouco o tronco e olhou para seu sobrinho que estava arrumando algumas balas e guardando em uma bolsa para por no carro, ele parecia perdido em pensamentos, Madara já havia visto isso quando perdeu seu irmão Obito, era um sentimento de vazio a ponto de quase te deixar louco, mas Sasuke estava segurando bem e isso poderia ser pelo fato da Sakura estar ali, isso segurava a loucura dele, caso contrário sinceramente sentia que seu sobrinho já havia se matado, era isso que Sasuke estava passando naquele momento e então ele voltou a olhar a rosada.

Mentiras Perigosas 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora