Capítulo 9

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𝓜𝓮𝓷𝓽𝓲𝓻𝓪𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓲𝓰𝓸𝓼𝓪𝓼 2.
𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 9.

   A verdade é que a vida é uma mera mentira disfarçada de verdades, se alguém me disse-se que agora eu estaria em uma praça comendo um cachorro quente com o Sasuke mesmo estando bêbada, eu acharia aquilo um absurdo, mas lá estava nós comendo um de costas para o outro em um banco naquela noite gelada, só tinha a gente ali, já se passava das duas da manhã, eu confesso estava um pouco envergonhada pelo jeito que agi mais cedo, mas eu precisava daquilo, era algo que eu estava segurando por oito anos e eu não tinha dito nem para meu irmão como eu me sentia sobre aquilo tudo, eu nunca entrei em detalhes e Naruto não me perguntava para não me deixar desconfortável, sempre dizem que as pessoas bêbadas são as mais sinceras e eu estou começando a achar que isso é verdade, Sasuke não disse nada, ele só me abraçou e me acalmou em um momento de desespero, eu não queria ir embora então eu mesma me convidei para comer um lanche e arrastei Sasuke para cá depois daquilo.

  Nossas costas estavam encostadas uma na outra como apóio um para o outro, óbvio que Sasuke dava mais apóio porque se dependesse de mim ali um dos dois ia cair.

- Você me chamou de Sasuke. - Sasuke falou baixo enquanto tomava o seu refrigerante.

  Parando para pensar agora, eu o chamei pelo nome depois de anos e não de Uchiha, mais o que isso mudava?

- Não é uma grande coisa. - Falo enquanto mordia meu cachorro quente.

  - Isso me lembrou quando a gente se conheceu, você me chamava de Senhor Uchiha toda hora, dava até raiva, ai quando a gente se reencontrou agora você só me chamava de Uchiha é como se tivesse voltado a estaca zero, parece que eu estou te conhecendo de novo, só que agora de um jeito mais...bom você sabe.

  Normal...

Termino com meus pensamentos o raciocínio dele em meus pensamentos, era verdade bom eu ainda estou brava com ele, mais não é como a primeira vez quando ele entrou na minha casa porque tinha achado que eu sequestrei o filho dele e eu pensei comigo.

Que riquinho idiota mimado que acha que pode fazer tudo que quiser.

  E eu já começei odiando ele bem ai, mas agora estamos sendo padrinhos de um casamento, ainda há raiva mais os dois mudaram muito, antes eu não tinha um nome, uma identidade, um caráter completo, eu só tinha vinte anos, começando a vida do pior jeito possível uma órfã sem família, sem emprego sendo acusada de sequestro bem no meu aniversário e bem nesse dia conhecendo o que eu não sabia naquela época o que seria meu marido e todo resto que veio depois junto.

- Sabe naquele dia que nos conhecemos, era meu aniversário. - Senti que Sasuke ficou um pouco tenso, talvez ele não queria lembrar daquilo mas isso nunca irá acabar se eu não tentar.

  E qualquer coisa amanhã eu posso até não lembrar dessa conversa ou colocar a culpa na bebida.

- Eu tinha acabado de ser despedida pelo Pain, tava cheia de dívidas, sem família ou alguém que ligasse para aquele dia, só tinha água na geladeira para falar bem a verdade. - Falo dando uma risada sem graça por confessar aquilo, era a minha dura realidade da época. - E mesmo assim eu peguei os únicos trocados que tinha e comprei um cupcake e uma velinha para comemorar meu aniversário, mas quando cheguei em casa e acendi aquela vela, foi ai que eu me toquei, não tinha ninguém lá, ninguém me deu parabéns é claro quem faria isso né? Era só um dia idiota e sem graça como qualquer outro, mas...

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