Capítulo 22

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𝓜𝓮𝓷𝓽𝓲𝓻𝓪𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓲𝓰𝓸𝓼𝓪𝓼 2.
𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 22.

   Eu tinha desmaiado, não sabia por quantas horas ou dias, não fazia diferença de onde eu estava agora, eu mal sentia que poderia estar correndo perigo, eu não me importava muito.
      Tudo que vinha em minha mente era um imagem distorcida de uma pessoa me olhando com desgosto, eu ouvia sua voz bem distante.
     Era Naruto?
  Ele me olhava enquanto a chuva pairava sobre nós, eu queria entender porque ele me disse tudo aquilo, queria mesmo, será que o problema sempre fui eu? Ou será que tudo está contra mim? Eu não sabia dizer, se o problema era eu então porque continuar ou voltar para um lugar onde o problema sempre vai ser eu.

   Eu queria ser uma boa irmã, uma boa filha, uma boa amiga, mas eu nunca fui, eu não sei ser isso eu nunca soube, eu não sei lidar com meus problemas de outra maneira a não ser sendo assim.

   Egoísta.

Minha respiração estava tão calma enquanto olhava para um vazio onde só se viu uma pessoa, parecia que quanto mais eu tentava salvar as pessoas eu me perdia, será que era o certo salvar as pessoas?

  Foi então que senti alguém segurar minha mão e olhei para meu lado, como posso explicar o que sinto quando vejo ele em meus sonhos? Culpada.
      Mais dessa vez por algum motivo me senti feliz por vê-lo ali do meu lado, talvez esse seja um lugar bom para ficar para toda vida, eu queria estar ali em um lugar calmo onde só posso ouvir minha respiração e meus pensamentos, o vazio não tão vazio assim, eu estava olhando agora para frente enquanto ele segurava minha mão e não era mais o naruto que eu via mas sim meu próprio reflexo em um espelho, junto a pequena criança ao meu lado, ele sorria enquanto segurava minha mão, porque eu lutava mesmo? Por ele ou por mim? Ou por todos ao meu redor.

    A minha visão por um momento ficou embasada e logo senti uma fisgada em meu coração ao ver a imagem no espelho, ainda era a mesma mais diferente de antes Daisuke estava no chão deitado em uma possa de sangue envolta e minha barriga escorria sangue por onde eu tinha tomado um tiro quando criança, minha respiração falhou e meu coração batia descontrolado.

  Eu acordei como se tivesse minha alma tivesse sido puxada por alguns minutos.

   Me sentei apreensiva em um sofá que eu não reconhecia, olhei para todos os lugares, eu não fazia idéia de onde estava era um lugar pequeno e a sala ficava junto com a cozinha e só depois de uns minutos percebi o quanto minha cabeça e meu braço doía e então olhei para meu braço direito e o vi enfaixado com panos, olhei para meu corpo e parecia estar tudo bem, eu estava com minhas roupas.

    O que tinha acontecido mesmo?

  Forcei minha memória para me lembrar mesmo minha cabeça doendo e lembrei do acidente.
   O senhor que estava perto de mim? Será que ele me trouxe pra cá?

    Eu tirei a coberta que estava me cobrindo o lugar era bem simples mesmo e eu estava começando a entrar em desespero da última vez que acordei assim em um lugar que não conhecia....

   Não! Ele não faria isso... Não tem nada doendo além da minha cabeça e o meu braço e eu estou com as roupas normais.

  - Ah você acordou! - Ouço uma voz vindo por trás de mim e olhei rápido por aquele lugar na mesa tinha algumas frutas e uma faca ali, eu nem pensei quando vi já tinha me levantando e pegado a faca apontando para a pessoa que apareceu ali. - Ei.. Ei.. Ei... Eu não vou te fazer nada garota, por favor abaixa isso!

Mentiras Perigosas 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora