Capítulo 31

124 10 8
                                    

   𝓜𝓮𝓷𝓽𝓲𝓻𝓪𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓲𝓰𝓸𝓼𝓪𝓼 2.
𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 31.

     Depois de fazer um curativo em Madara e retirar a bala de seu corpo e deixar ele em sua casa, fomos pra nosso " esconderijo" como gosto de falar, assim que chegamos em casa fui rapidamente tomar um banho, Naruto e Hinata estavam na sala junto com  Minato provavelmente vendo um filme Naruto tinha chegado antes, o primeiro a passar pela porta foi eu e logo em seguida Sasuke e Itachi, eu ouvi eles perguntarem o que exatamente tinha acontecido já que Sasuke estava mais irritado que o normal e Itachi estava quieto demais, mas isso não demorou muito, Itachi disse o que tinha acontecido o que deixou todos tensos e nervosos ali e acharam aquilo uma loucura total, assim que tomei um banho e troquei de roupa no quarto fui para o escritório de Minato, não era exatamente dele mas quem mais ficava ali era ele, tranquei a porta o pequeno escritório estava bem arrumado, fui até o notebook que estava em cima da mesa de madeira assim que me sentei na cadeira, esperei ligar, minhas mãos suavam como antes, Madara disse algo de poder ter um rastreador mas verificámos isso três vezes e depois de ter a certeza que não era um rastreador tinha que saber o que exatamente tinha naquele pendrive, assim que o notebook ligou demorei um pouco para colocar aquilo para ver, eu tinha receio da última vez eu mandei uma pessoa inocente pra cadeia por isso.

  Eu fiquei horas criando coragem, o que me impedia? Não podia ser nada pior do que eu já tinha passado ou visto.

Algumas vezes ouvi batidas na porta mais não respondi ou dei sinal de vida ali, apenas fiquei sentada olhando para o notebook enquanto abraçava minhas pernas, foi só nesse momento vazio que o sentimento de saber que minha mãe estava viva me perfurou com força, como eu contaria pro Naruto? Ou para Minato? Eu não contei nem para os Uchihas apenas Madara sabia mas ele não disse nada sobre aquilo o caminho todo e eu agradeço ele por isso, eu estou realmente perdida e sem saber o que fazer e Sasuke está bravo comigo e eu sei exatamente o porque, eu prometi a ele que não iria me arriscar mais do que o necessário e eu fiz exatamente ao contrário e ainda tirei a comunicação dele comigo, eu não sabia o que resolver primeiro.

  Ouço meu celular vibrar em cima da mesa e vejo a tela se acender e o nome " Sasuke" aparecer ali, ele tinha mandado uma mensagem que eu não fiz questão de olhar agora, então virei a tela para baixo, vi que ali no canto tinha um pequeno armário que em cima tinha uma cafeteira e alguns biscoitos e o armário estava fechado, fui até lá e me abaixei e tentei puxar a portinha do armário mas ela estava trancada, droga! Me levantei e chutei a porta com raiva e mesmo que aquilo tenha doído não me importei, eu precisava tirar aquele sentimento de mim de um jeito ou outro e no primeiro chuto eu me descontrolei e comecei a fazer isso várias e várias vezes, que se dane se ouvirem, eu nunca lidei muito bem com raiva e eu queria fazer aquilo as semanas e com tanta raiva e angústia acumulada senti que podia surtar a qualquer momento e foi exatamente o que aconteceu, eu descontei naquele armário toda raiva socando-o com fúria e só parei quando senti meu pulso se contrair em dor e parecer ter amolecido mas mesmo assim a dor ficou mais forte, ótimo provavelmente eu tinha quebrado meu pulso.

   Me encostei na parede com a mão no pulso, provavelmente não demoraria mais que alguns segundos para Sasuke arrebentar aquela porta de tanto bater, eu sabia que eu não era normal e que minha situação só tem piorado com o tempo e eu não preciso nem que me dizem isso, eu consigo ver, eu não consigo parar de pensar, de me culpar e nisso para suprir a culpa eu tento pegar problemas que não são meus mas colocar como se fossem e tento resolver, aquela merda toda não era minha culpa mas era como se fosse e enquanto eu não acabasse com isso eu não iria parar, abaixei a cabeça encostando em meu braço que estava em cima do meu joelho não demorou muito para ouvir a batida rápida e forte na porta.

  - Sakura? Sakura abre a porta olha eu não estou mais bravo. - Sasuke disse um pouco baixo talvez pelo horário mas eu sabia que ele estava querendo surtar porque com certeza ouviu o barulho, mais algumas batidas na porta. - Por favor amor a gente pode conversar? - É não teve jeito mesmo que eu quisesse ficar ali sozinha pro resto da vida, eu não podia ser egoísta a esse ponto afinal também não era culpa dele, então me levantei indo até a porta e destrancando ela e logo ela abriu rapidamente e um Sasuke preocupado me analisou de cima a baixo verificando se eu estava bem e logo seus olhos pararam no meu pulso, eu queria chorar mas não conseguia, gritar mais não tinha forçar, fugir mas não podia e isso me matava, ele suspirou por um momento.

Mentiras Perigosas 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora