𝙈𝙖𝙙𝙚𝙡𝙮𝙣 𝙒𝙝𝙚𝙚𝙡𝙚𝙧
Me sentei na cama rapidamente quando ouvi a porta ser aberta, as luzes foram ligadas e vi a forma alta e grande do Grabber, carregava com ele um corpo magro e pequeno, engoli seco sabendo o que era.
Grabber tinha a respiração ofegante e parecia estar com raiva, seu braço estava ensanguentado e ele sussurrava coisas. O mesmo fechou a porta atrás de si e veio em direção a cama, me afastei mais com sua aproximação.
Ele me olhou, seu olhar raivoso sobre mim me fez tremer, fiquei parada no lugar onde estava, vendo sua atenção se voltar novamente para o garoto quase desacordado.
O garoto resmungou, se sentando na cama com dificuldade e olhando em volta, Grabber se sentou na cama, observando o garoto.
- Merda. - Foi a primeira coisa audível que Grabber disse. - Meu braço, está coberto de sangue. - Ele tocou o próprio braço. - É como se eu tivesse matado alguém, consegue ver isso?
O garoto não respondeu, Grabber passou levemente sua mão pelo rosto do garoto, depois pelos seus olhos.
- Acho que você não enxerga merda nenhuma. - O garoto se afastou dele. - Eu sei que está com medo, mas eu não vou te machucar, não mais. E o que disse sobre quebrar seu pescoço... Eu estava apenas com raiva. - Ele riu e tocou seu braço novamente. - E você rasgou meu braço, eu não vou usar isso contra você, hum?
Eu observava todo o "diálogo" calada, nunca poderia me meter quando ele conversava com os garotos que trazia aqui, ele impôs essa "regra". Eu me afastei mais dos dois, recebendo um olhar raivoso novamente.
- Eu acho que estamos quites agora, você não acha? - Ele tocou os cabelos castanhos do garoto. - Você não precisa ficar com medo, porque nada de ruim vai acontecer aqui. Te dou minha palavra, Johnny.
Johnny era seu nome? Me perguntava se era realmente esse o nome do garoto, Grabber tinha o costume de falar aleatoriamente os nomes dos garotos que trazia aqui.
- Gosta de refrigerante? Hum? Eu vou dizer uma coisa, vou buscar um refrigerante para você e depois... - Sua fala foi cortada quando o mesmo ouviu um toque de telefone, eu direcionei meu olhar para a porta fechada, mas não trancada do porão, respirando fundo.
- É o telefone? - Dessa vez ele olhou para mim. - Você ouviu um telefone tocando? - Ele me perguntou e eu concordei. Logo ele voltou sua atenção para o garoto. - Eu vou ver quem é, e depois vou trazer seu refrigerante, hum?
Ele tocou o rosto do garoto e logo levantou, indo em direção a porta e logo saindo por ela, respirei fundo, soltando o ar que nem sabia que tinha prendido.
Me levantei, fui em direção a porta e toquei a maçaneta, verificando se estava trancada, obviamente estava, mas sempre tentava já que as vezes ele a esquecia destrancada.
Virei para o garoto quando ouvi ele se mechendo na cama, ele me olhou confuso e apertou algo em sua mão, percebi ser o objeto que ele usou para cortar o braço de Grabber.
- Quem é você? - Perguntei.
Ele não respondeu, ainda me olhava confuso. Ele se levantou e se aproximou, fechei as mãos em punhos e me afastei.
- Puta merda, você é a Madelyn, Madelyn Wheeler! - Ele arregalou os olhos.
- É bom ou ruim você saber quem eu sou? - Perguntei incerta.
- Não sei, acho que não. - Ele suspirou. - Você foi a única garota a ser sequestrada, por isso está sendo procurada também.
Contive a vontade de chorar e me movi até a cama, me sentando e respirando fundo, o garoto ao meu lado fez o mesmo.
- Sou o Finney, Finney Blake. - Ele disse depois de um tempo em silêncio. - Prazer em te conhecer.
- Sou a Madelyn, e você já sabe disso. - Dei de ombros. - Também é um prazer te conhecer, Finney, mesmo que a situação em que estamos seja uma merda.
Ficamos em silêncio por um longo tempo, Finney ainda observava tudo ao seu redor e eu continuava calada, sabia que a sessão de perguntas logo começaria.
- Você foi sequestrada no mesmo dia que Bruce Yamada. - Finney se pronunciou depois de um tempo calado. - Onde ele está?
- Morto, Grabber matou ele depois que ele tentou fugir. - Falei, sentindo vontade de vomitar ao lembrar.
- Você ficou presa com um garoto chamado Robin? Ele usava uma bandana e era mexicano, ele tá morto também? - Finney me perguntou, ele parecia desesperado por uma resposta, talvez Robin tivesse sido alguém importante para ele.
- Sim, eu conheci ele. - O olhei, vendo seus olhos lacrimejando. - Conhecia ele?
- Era meu melhor amigo... - Finney abaixou a cabeça.
- Sinto muito, Finney. - Sussurrei.
- Eu também. - Ele passou a mão pelo rosto, limpando as lágrimas. - Me chama de Finn. - Ele me olhou, dando um sorriso amigável.
- Okay Finn, me chama de Lyn. - Sorri fechado.
- Não faz mais sentido seu apelido ser Maddie? - Ele perguntou.
- Só meu pai me chamava de Maddie. - Sorri ao lembrar. - Mas se quiser me chamar de Maddie tudo bem.
- Prefiro Lyn. - Ele deu de ombros. - Então Lyn, como vamos sair desse lugar?
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Hey guys!
Capítulo curtinho de novo, não tive muito tempo para escrever, queria elaborar mais o encontro deles, mas vou deixar para o próximo capítulo.
Prevejo muito choro de vcs no próximo capítulo.
Ele será narrado no ponto de vista da Madelyn, mas acontecerá no passado.É isso, espero que gostem.
Desculpem qualquer erro de ortografia.Votem e comentem, isso me ajuda muito<3
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𝕆𝕟𝕝𝕪 𝕐𝕠𝕦 ༺♡༻ 𝐅𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲 𝐁𝐥𝐚𝐤𝐞
AléatoireMadelyn Wheeler, uma garota animada e sonhadora. Madelyn gostava de fotografia, amava como isso a fazia sentir como se conhece-se tudo o que fotografava. Gostava de assistir o pôr do Sol, tirar foto das estrelas, viagens em dias chuvosos, do seu por...